O vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, praticamente separou o joio do trigo em entrevista à Folha de S. Paulo ao comentar o fato de o irmão dele, Flávio Dino (PCdoB), ter sido citado na Lava Jato.
Segundo farta documentação colhida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em pedido de abertura de inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra o comunista, o governador do Maranhão foi delatado pelo ex-Odebrecht José de Carvalho Filho como beneficiário de R$ 400 mil da empreiteira, por meio de caixa dois e doação oficial, nas campanhas de 2010 e 2014.
Na planilha da propina da Odebrecht, inclusive, ele é o ‘Cuba’, e teria usada a senha ‘charuto’ no esquema de ladroagem e corrupção desbaratado pela Polícia Federal.
Apesar da citação e documentos que pesam contra o irmão, Nicolao esclareceu que essa situação não atrapalha sua pretensão de ser candidato a procurador-geral da República em substituição a Rodrigo Janot, que encerra o mandato em setembro próximo.
“Os valores que eu defendo me acompanham desde que eu ingressei na vida pública como procurador da República. Por outro lado, nesta mesma toada, somos pessoas diferentes e com identidades diferentes. Tenho dito que nado não apenas em raias diferentes, mas em piscinas diferentes. Minha vida pública como procurador da República em nada interfere na vida dele como político e vice-versa. Não vejo como misturar essas estações”, alertou.
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