A Segunda Seção do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região deve interrogar o deputado estadual Hemetério Weba (PV) em ação penal em que o parlamentar responde como réu por favorecimento pessoal. Ele será ouvido após o rol de oito testemunhas. A relatora é a juíza federal convocada Rogéria Maria de Castro Debelli.
De acordo com denúncia oferecida em maio de 2015 pelo procurador Regional da República Paulo Vasconcelos Jacobina, Weba é acusado de, durante as eleições de 2010, haver resgatado das mãos de policiais a sua nora, Americinês Pereira de Lima, presa em flagrante município de Nova Olinda por crime eleitoral. Para isso, diz o documento, ele amotinou uma multidão contra as autoridades policiais, rompendo obstáculos como portões e portas trancadas que foram arrombadas, e ainda promovido a fuga de Americinês Lima — baixe o documento.
Ainda de acordo com a denúncia, embora intimado diversas vezes a comparecer à Superintendência da Polícia Federal no Maranhão, o deputado se furtou a cumprir a determinação, além de tentar embaraçar as investigações. Para que fosse ouvido no processo foi necessária a ida da PF ao seu gabinete, na Assembleia Legislativa estadual.
As testemunhas arroladas no processo são: o delegado da Polícia Civil Agnaldo Timóteo Silva Carvalho; os investigadores de Polícia Civil Francisco de Assis Sampaio Ferreira, José Batista da Silva Lindoso, Fernando Costa Coelho, Jorge Luiz Teixeira e Raimundo Nonato Silva Soares; o escrivão de Polícia Civil Sérgio Hermes Rêgo de Oliveira; além da própria Americinês Pereira de Lima, como informante.
Uma Carta de ordem, para prosseguimento da instrução do feito até a ação penal, foi expedida pelo TRF-1 desde o dia 24 de julho último.
Pela conduta classificada pela Procuradoria Regional da República da 1ª Região como “coronelista”, se condenado, Weba pode pegar de dois a seis anos de cadeia. A pena poderia ser maior caso os crimes de desobediência e desacato já não tivessem alcançado prescrição.
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