A falta de organização do programa Escola Digna, do governo Flávio Dino, por pouco não provocou uma tragédia no Centro de Ensino Médio (CEM) José de Matos de Oliveira, localizado em Olho d’Água das Cunhãs.
Na semana passada, parte da unidade desabou, próximo do horário do intervalo, por motivos ainda não esclarecidos, mas que apontam para possível problemas em sua estrutura.
Rapidamente, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), comandada pelo procurador Felipe Camarão, tratou de emitir nota, dando conta de que o CEM está no cronograma, mas ainda não passou por qualquer intervenção do programa. Longe de livrar o governo comunista da responsabilidade — ou seria irresponsabilidade?! —, o comunicado revela possível malversação de recursos públicos.
Lançado desde maio de 2015, o Escola Digna tem escanteado unidades pertencentes à rede pública estadual de ensino e privilegiado as que são de responsabilidade dos municípios, cujo prefeitos receberam e recebem recursos federais e municipais para a construção ou reforma dessas escolas.
Usado politicamente, o cronograma do programa tem mais beneficiado o governador e seus aliados do que os professores e alunos.
No caso do CEM José de Matos de Oliveira — salvo se a Seduc mostrar que a estrutura da escola estadual estava em bom estado, mas um vento impetuoso atingiu misteriosamente apenas a unidade, de forma tão violenta que foi impossível evitar o seu desabamento —, o fato da escola, segundo a pasta, estar no cronograma mas ainda não ter sido alvo de qualquer intervenção, só confirma a má gerência do programa.
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