Lei que libera fundo de compensação ambiental vai beneficiar Parque dos Lençóis
Política

Lei que libera fundo de compensação ambiental vai beneficiar Parque dos Lençóis

Parque Nacional da Chapada das Mesas também será alcançado pelo dispositivo. Aprovação da medida foi uma das bandeiras de Sarney Filho durante o comando do Ministério do Meio Ambiente

Os parques dos Lençóis Maranhenses e da Chapada das Mesas estão dentre as unidades de conversação que serão beneficiados com a lei federal n.º 13.688/2018, já conhecida como Lei da Compensação Ambiental, que autoriza o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) a selecionar, de forma direta, um banco público — como o BNDES, o Banco do Brasil ou a Caixa — para criar e gerir um fundo formado pelos recursos arrecadados com a compensação ambiental. O fundo vai financiar unidades de conservação federais como parques nacionais, reservas biológicas e áreas de proteção ambiental (APAs).

A construção, tramitação e sanção da lei foi destacada pelo deputado federal e pré-candidato ao Senado, Sarney Filho (PV), um dos principais responsáveis pela medida vista como uma vitória pelo setor ambiental. “Durante a minha gestão no Ministério do Meio Ambiente lutamos muito pela aprovação dessa lei, que permite, dentre outras iniciativas, a abertura de licitações para concessões de serviços de atendimento ao público nos parques”, disse o ex-ministro.

O dispositivo foi sancionado pelo presidente Michel Temer (MDB) no início desta semana, e publicado no Diário Oficial da União (DOU), na última terça-feira 29. O primeiro edital será lançado para o Parque Nacional Pau-Brasil, que fica na Bahia. O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses deverá ser um dos próximos a se beneficiar com o feito.

Segundo Sarney Filho, o ICMBio estima em cerca de R$ 1,4 bilhão os recursos que serão disponibilizados para a gestão das unidades de conservação federais. O dinheiro será utilizado para a consolidação dessas áreas, destinando-se a regularização fundiária e melhoria da infraestrutura para administração, proteção, pesquisa, educação ambiental e visitação.

A importância da permissão para que serviços, áreas ou instalações de unidades de conservação sejam concedidos para a exploração de atividades de visitação foi enfatizada pelo parlamentar maranhense. “Precisamos tornar nossos parques nacionais rentáveis e sustentáveis, beneficiando o meio ambiente e a população, com geração de emprego e renda”, salientou.

Outro problema resolvido com a nova lei diz respeito às contratações temporárias, antes com contratos de apenas seis meses. Agora, tanto o ICMBio quanto o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) poderão contratar funcionários por tempo determinado não superior a dois anos, admitida a prorrogação dos contratos por até um ano. Os brigadistas florestais, por exemplo, poderão ser utilizados na prevenção de incêndios e emergências ambientais, já que o contrato durará o ano todo. A iniciativa vai ampliar fortemente a capacidade de gestão das unidades de conservação, já que estabelece a contratação de pessoal local, fator de desenvolvimento das regiões de entorno dessas seções.



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