O ex-prefeito de Itapecuru-Mirim Júnior Marreca e o ex-presidente da Interativa Cooperativa de Serviços Múltiplos Ltda, Georgevan Santos, foram denunciados, no último dia 22, pelo Ministério Público do Maranhão pelos crimes de desvio de recursos públicos, ausência de prestação de contas e subtração de documentos.
De acordo com a denúncia, a malversação dos recursos teria ocorrido nos anos de 2011 e 2012, e chega ao valor de R$ 13,9 milhões.
Ao ATUAL7, Marreca afirmou que soube do oferecimento da denúncia pela imprensa. “Não fui notificado de nada. Fiquei sabendo pela imprensa. Estou tranquilo. No momento apresentarei minha defesa”, disse.
Formulada pelo promotor Igor Adriano Trinta Marques, a denúncia diz respeito a inquérito civil que apurou diversas irregularidades no contrato entre a gestão Júnior Marreca e a Interativa, com o objeto de prestação de “serviços da área pública”.
Durante as investigações, pelo menos dois contratados pela empresa de Georgevan Santos, identificados na denúncia como Linaria Silva e Edson Reis, relataram irregularidades nas funções e no recebimento dos salários.
O Ministério Público diz também que, em 2016, a Procuradoria de Itapecuru-Mirim encaminhou ao órgão somente cópias da resenha do contrato e da publicação do documento no DOE (Diário Oficial do Estado), porque, segundo alegação do próprio Executivo municipal, não foi encontrada nenhuma cópia do pregão presencial nos arquivos da prefeitura.
Se condenados, o ex-prefeito e o empresário podem pegar de 3 meses a 12 anos de prisão.
Júnior Marreca é pai do deputado federal Marreca Filho (Patriota). Ele foi eleito em 2018 após substituir o genitor, que teve a candidatura impugnada pelo Ministério Público Eleitoral, há poucas semanas do pleito, como estratégia para manter a família no poder.
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