O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, citou o nome do maranhense ministro do TCU (Tribunal de Contas da União), Raimundo Carreiro, em delação premiada sobre o suposto pagamento de R$ 100 mil a ministros da Corte, segundo reportagem da Crusoé. O caso está aos cuidados do ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal).
De acordo com a revista, o repasse mensal teria como objetivo a proteção dos interesses da gestão de Orlando Diniz na Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) do Rio.
Além de Carreiro, também são citados na delação, segundo a Crusoé, outros dois ministros do TCU: Vital Rêgo e Bruno Dantas.
“Eles teriam recebido valores mensais, por meio de um contrato simulado entre a Fecomércio e um escritório de advocacia. Cada um dos ministros teria recebido 100 mil reais mensais por um período de mais de um ano, segundo a delação do ex-governador. Ele também afirma que outros 100 mil reais ficavam com o advogado Marcelo Nobre”, diz trecho da reportagem.
A Crusoé diz que os ministros do TCU que teriam sido delatados por Sérgio Cabral, procurados pela reportagem, não quiseram se manifestar. Marcelo Nobre, por meio de nota, repudiou a insinuação do seu envolvimento em atos ilegais, e disse que, no período em que foi contratado da Fecomércio-RJ, esteve apenas com o ministro Weder de Oliveira. “O advogado Marcelo Nobre jamais teve audiência com qualquer outro ministro do TCU, e muito menos com os citados na delação de Sérgio Cabral, com quem nunca teve contato”, diz a nota.
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