Hospital Nina Rodrigues
Maranhão

Nivaldo Queiroz foi espancado por três detentos em outubro deste ano. Sejap ainda não se manifestou sobre o caso

O preso identificado como Nivaldo Queiroz Galvão, espancado até a morte no domingo passado 6, na unidade prisional psiquiátrica do Hospital Nina Rodrigues, no bairro do Monte Castelo, em São Luís, é o mesmo espancado há cerca de dois meses por outros três internos, em rebelião ocorrida no Bloco B da mesma unidade.

O interno Nivaldo Queiroz Galvão, que teve a cabeça quebrada no primeiro espancamento sofrido na unidade prisional psiquiátrica, há cerca de dois meses
Reprodução Governo silencia O interno Nivaldo Queiroz Galvão, que teve a cabeça quebrada no primeiro espancamento sofrido na unidade prisional psiquiátrica, há cerca de dois meses

A informação foi confirmada ao Atual7 por fonte da Secretaria de Administração Penitenciária e Justiça (Sejap) do Maranhão, comandada pelo mineiro Murilo Andrade, que tentou abafar o caso em conluio com o diretor da unidade prisional psiquiátrica, Ruy Cruz.

Na época da primeira tentativa de homicídio contra Nivaldo Queiroz, os três detentos autores da ação - identificados como Fernando, São Mateus e Paulo Roberto - chegaram a ser transferidos para o Presídio São Luís III, o PSL 3, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, também na capital, após quebrarem a cabeça do companheiro de unidade prisional. Na época, um agente penitenciário que o salvou do primeiro atentado também chegou a ser agredido pelos internos, e só não foi espancado também porque recebeu ajuda dos auxiliares de segurança penitenciária.

No novo espancamento, porém, apesar da presença de um agente penitenciário e de sete auxiliares de segurança penitenciária na unidade, o espancamento do detento até a morte não foi evitado. A médica do Hospital Nina Rodrigues, identificada apenas como Luciana, teria se indignado ao tomar conhecimento de que os plantonistas chegaram a perceber a ação criminosa, mas nada fizeram.

O Atual7 procurou o Governo do Maranhão, por meio da Sejap-MA, e aguarda posicionamento oficial. Diante da acontecimento, a Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH) e a Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Seccional maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) devem se manifestar sobre o abafamento do espancamento e da morte do detento.

Preso é espancado e morto na unidade prisional do Hospital Nina Rodrigues
Maranhão

Crime aconteceu desde o domingo passado. Sejap não emitiu até agora qualquer nota sobre o caso

Um preso, identificado como Nivaldo Queiroz Galvão, foi espancado até a morte na unidade prisional psiquiátrica do Hospital Nina Rodrigues, no bairro do Monte Castelo, em São Luís.

De acordo com fontes do Atual7, o crime aconteceu por volta das 11 horas e 30 minutos do domingo passado, 6. A Secretaria de Administração Penitenciária e Justiça (Sejap) do Maranhão, comandada pelo mineiro Murilo Andrade, no entanto, não emitiu até agora qualquer nota sobre o caso, o que aponta para tentativa de abafamento.

Outro caso

Há cerca de dois meses, uma rebelião na unidade prisional psiquiátrica terminou com um interno gravemente espancado e por pouco não resultou na morte de um agente penitenciário. Na época, a Sejap só se manifestou após o Atual7 revelar o ocorrido.

Presos tentam matar interno e agente penitenciário no Hospital Nina Rodrigues
Maranhão

Unidade prisional psiquiátrica foi alvo de rebelião na manhã desta sábado 18. Três internos foram transferidos para o PSL 3

Uma rebelião no Bloco B da unidade prisional psiquiátrica do Hospital Nina Rodrigues, no bairro do Monte Castelo, em São Luís, ocorrida por volta das 11 horas deste domingo 18, por pouco não terminou na morte de um interno custodiado na unidade e de um agente penitenciário que fazia o segurança do local.

Fontes do Atual7 relataram que o agente penitenciário identificado como Gilmar percebeu uma movimentação estranha na unidade e, ao intervir, acabou sendo agarrado pelos presos, sendo salvo a tempo por auxiliares. Revoltados, os presos começaram então um quebra-quebra na unidade, ateando fogo nos colchões.

Chamado, o NEC (Núcleo de Escolta e Custódia) interveio e levou pelo menos três internos envolvidos na rebelião e tentativas de homicídio, identificados como Fernando, São Mateus e Paulo Roberto. Eles foram encaminhados para o Presídio São Luís III, o PSL 3, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

O outro preso, alvo do trio, foi internado com um golpe profundo no crânio.

Como em outro casos ocorridos ao longo do ano, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Sejap) não emitiu qualquer nota sobre o ocorrido e trabalha para abafar a divulgação da rebelião.