Operação Bálsamo de Gileade
PF faz operação no MA contra desvio de recursos na compra de medicamentos no TO
Cotidiano

Operação Bálsamo de Gileade investiga aquisição de medicamentos a partir de fraudes em procedimentos licitatórios e emissão de notas fiscais

A Polícia Federal, em conjunto com a CGU (Controladoria-Geral da União) deflagrou, nesta quarta-feira 7, da Operação Bálsamo de Gileade. O objetivo é apurar irregularidades na compra de medicamentos, englobando nove municípios investigados, todos localizados ao Norte do Tocantins, na região do Bico do Papagaio.

Estão sendo cumpridos 36 mandados de busca e apreensão no Tocantins e também no Maranhão, 1 de prisão preventiva e 15 de prisão temporária, além de sequestro de bens e valores na ordem de R$ 12 milhões. O trabalho conta com a participação de 3 auditores da CGU e de mais de 140 policiais federais.

Iniciada em 2019, a investigação revelou a existência de um possível esquema de desvios de recursos públicos, por meio de aquisição de medicamentos a partir de fraudes em procedimentos licitatórios e emissão de notas fiscais, as quais eram canceladas posteriormente, sem a entrega dos produtos adquiridos.

No decorrer das apurações também foi constatada a existência de diversas transferências bancárias de representantes pelas empresas investigadas à servidores públicos municipais responsáveis pelas licitações, bem como a outros agentes públicos, tais como secretários de saúde e gestores dos Fundos Municipais de Saúde.

De acordo com a CGU, no período de 2016 a 2019, as empresas investigadas emitiram mais de 4,5 mil notas fiscais, no valor de R$ 25,6 milhões. Do total de notas emitidas, 47% foram canceladas após a emissão, somando R$ 14,5 milhões.

Os investigados podem responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, crimes previstos na Lei de Licitações, corrupção passiva e ativa, peculato e organização criminosa.