O relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Teori Zavascki, arquivou, nesta sexta-feira 25, o inquérito que investigava a ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney, e o senador Edson Lobão, ambos do PMDB. Agora, Lobão continua respondendo na Lava Jato apena em outro inquérito – além de a um outro, por desvios em Belo Monte. Já contra Roseana não há outros processos no tribunal. Os dois investigados respondiam por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O inquérito arquivado por Zavascki apurava a suspeita de que Roseana teria recebido R$ 2 milhões do esquema de desvios da Petrobras para financiar a campanha de 2010. O dinheiro teria solicitado por Lobão, à época ministro de Minas e Energia, ao então diretor da estatal Paulo Roberto Costa. O suposto pagamento da quantia à ex-governadora foi dito por Costa em delação premiada.
No pedido enviado ao STF, nesta semana, o chefe da Procuradoria Geral da República (PGR), Rodrigo Janot, afirma que não foram colhidas provas suficientes para justificar a continuidade das apurações. “A despeito do esforço investigativo empreendido no presente feito, não se vislumbra, no momento, substrato probatório apto a demonstrar que os fatos nele narrados tenham relação direta com o cometimento de delitos criminais”, escreveu o procurador-geral.
Para Janot, apenas a afirmação de Costa de que pagou a quantia “não se mostra suficiente para comprovar a prática de delitos criminais por parte das pessoas referenciadas pelo colaborador”. E, segundo o procurador, “não há nos autos notícia de elementos de prova” para comprovar a acusação do delator.
Em publicação divagada por sua assessoria nas redes sociais, Roseana Sarney afirma que sempre esteve com a consciência tranquila diante da investigação que enfrentou na Lava Jato.
“Me senti agredida e julgada, mas sempre mantive a minha fé em Deus. (…) Eu acreditei que a Justiça seria feita, e como afirmei, em todos os momentos, minha consciência estava tranquila, pois agi de forma correta e nunca fiz nada que pudesse desabonar a minha conduta como governadora do meu estado. A Justiça reconheceu a verdade, e é a verdade que sempre prevalecerá”, declarou a ex-governadora.
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