A ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) terá papel central na eleição de 2018, seja como protagonista, disputando o Palácio dos Leões contra o governador Flávio Dino (PCdoB), e provavelmente chegando ao segundo turno; ou como personagem de bastidor, utilizando de sua carisma e tirocínio político como cabo eleitoral de Roberto Rocha (PSB) ou Maura Jorge (PODE), únicos nomes oficialmente declarados na corrida até o momento — ou Eduardo Braide (PMN), com quem já teria conversado às escondidas.
Segundo fontes, a peemedebista tem revelado repetidamente que “montará no cavalo apenas se ele estive selado”. Pela declaração, além de si própria e dos votos que possui, Roseana depende de pelo menos uma movimentação externa para decidir que papel interpretar.
Para entrar na disputa, ela tem como principal incentivo o fato de Dino estar pilhado no maior esquema de corrupção já investigado e desbaratado pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República (PGR), por suposto recebimento de propina e caixa dois da Odebrecht.
A ex-governadora espera que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorize a PGR à devassar a vida política e particular do adversário, aumentando o risco dele ser alvo de operações da PF e até mesmo ser afastado do cargo ou preso.
Com o comunista deixando de ser o franco favorito na disputa, Roseana aumentará as chances de levar a eleição para o segundo turno, e com possibilidade de ser eleita.
Já se decidir ficar mesmo fora da disputa, a ex-governadora do Maranhão poderá usar a sua força para ser a principal cabo eleitoral de qualquer um dos possíveis candidatos de oposição ao comunista em 2018.
Neste cenário, o nome não precisa ser necessariamente apoiado pelo clã, mas somente pela ex-governadora.
Apesar de quase inacreditável, esse tipo de situação não seria novidade. Nas eleições de 2014, era somente ela quem apoiava a candidatura de Luís Fernando Silva (PSDB) — assim como foi somente ela, de seu grupo, que não apoiou Edison Lobão Filho (PMDB).
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