O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou, nesta sexta-feira 25, o ex-senador José Sarney (PMDB-AP), pai da ex-governador do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), na Operação Lava Jato. A acusação diz respeito a inquérito sobre irregularidades na Transpetro, estatal ligada à Petrobras.
Também foram denunciados os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Garibaldi Alves (PMDB-RN); além de do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado (PMDB-CE); os empresários Nelson Maramaldo e Luiz Maramaldo, da NM Engenharia; e Fernando Reis, executivo da Odebrecht Ambiental.
Segundo a denúncia, foram cometidos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro entre 2008 e 2012.
Ao UOL, o criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro Kakay, que defende Sarney, disse se tratar de denúncias “sem indícios” de um “procurador em final de carreira”. Janot deixará o cargo na PGR em 17 de setembro, quando será substituído por Raquel Dodge.
“Essa denúncia é uma demonstração clara de um procurador em final de carreira e que quer se posicionar frente à opinião pública. [A denúncia] é baseada na delação que já está desmoralizada, a do ex-senador Sergio Machado”, afirmou.
Kakay afirma não existir motivação técnica para fazer a denúncia. “O que existe é a palavra de um delator desmoralizado e que talvez tenha cometido um crime gravando ilegalmente o Jucá e o Sarney”, diz.
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