O processo por violência doméstica contra o ex-deputado estadual Cabo Campos (Patriotas) deixou de ser processado pelo Tribunal de Justiça do Maranhão e foi remetido para a 2ª Vara Especial de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, em São Luís.
A decisão foi tomada pelo desembargador Jamil Gedeon Neto, na semana passada, em acolhimento a manifestação do Ministério Público.
Em 2018, à época ainda com assento em uma das 42 cadeiras da Assembleia Legislativa maranhense, Cabo Campos foi denunciado pela esposa, Maria José Marques Campos, por agressão verbal e física. Ao Poder Judiciário, ela requereu e obteve pedido de medida protetiva de urgência contra o então parlamentar.
Agora fora da função, ele perdeu o foro, privilégio estranhamente concedido para o caso que nada tinha a ver com a então atividade parlamentar, e sim com a Lei Maria da Penha.
Protegido pelos colegas de parlamento, que evitaram a cassação de seu mandato, inclusive a então procuradora da Mulher na Alema, Valéria Macedo (PDT), que fez corpo mole sobre o caso, Cabo Campos chegou a utilizar a tribuna, quando a denúncia de agressão se tornou pública, para insinuar, em meio a lágrimas, que a esposa estaria sofrendo distúrbios emocionais em razão da orientação sexual de uma filha do casal.
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