Deputados engavetam inquéritos contra Cabo Campos e Levi Pontes
Política

Deputados engavetam inquéritos contra Cabo Campos e Levi Pontes

Subcomissões de Ética foram definidas há sete meses, mas nunca avançaram nas investigações. Representados são acusados, respectivamente, de violência doméstica e corrupção

Parou na indicação dos membros titulares das respectivas subcomissões de inquérito as investigações na Comissão de Ética da Assembleia Legislativa do Maranhão contra os deputados estaduais Cabo Campos (PEN) e Levi Pontes (PCdoB).

O primeiro é acusado pela própria mulher, Maria José Campos, de violência doméstica. A representação contra ele foi feita somente após questionamentos do ATUAL7 sobre o caso à procuradora da Mulher na Casa, deputada Valéria Macedo (PDT) — ainda assim, apenas de afastamento por 60 dias de suas funções parlamentares. Já o segundo foi denunciado ao colegiado pela deputada Andréa Murad (PRP), com pedido de cassação de mandato, após ter um áudio vazado pelo blog do Luís Pablo, em que aparece negociando favores custeados com recursos da saúde pública estadual em troca de apoio político-eleitoral.

No inquérito aberto contra Cabo Campos, os responsáveis pela condução das investigações são os deputados Graça Paz (PSDB), Rafael Leitoa (PDT) e Paulo Neto (PSDC). Contra Levi Pontes, a subcomissão é formada pelos deputados Edson Araújo (PSB), Hemetério Weba (PP) e Léo Cunha (PSC). A escolha deles foi feita há sete meses pelo presidente da Comissão de Ética, deputado Rogério Cafeteira (DEM).

Segundo o Código de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa do Maranhão, o prazo para a conclusão das investigações não poderia ultrapassar 30 dias, com exceção de prorrogação por igual período a critério do Corregedor Parlamentar, atualmente o deputado Stênio Rezende (DEM)

Ao ATUAL7, porém, o Cafeteira informou na semana passada que aguarda pelos relatórios das subcomissões, o que até hoje não teriam sido entregues, para finalmente poder apresentar o parecer sobre a procedência ou arquivamento das respectivas representações. Somente após esse parecer, inicialmente encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e Redação Final, é que as acusações contra os parlamentares poderiam ir à votação em Plenário.

Todos os integrantes das subcomissões também foram procurados, mas apenas o deputado Rafael Leitoa, do inquérito contra Cambo Campos, retornou o contato, por meio de sua assessoria. Na resposta, porém, ele desmentiu o presidente da Comissão de Ética, atribuindo a ele a demora para a conclusão das investigações. Segundo Leitoa, é a subcomissão que aguarda por um parecer de Cafeteira para o avanço dos trabalhos.



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