César Pires pede à Caixa informações sobre convênio de R$ 10 milhões com pasta de Clayton Noleto
Cotidiano

César Pires pede à Caixa informações sobre convênio de R$ 10 milhões com pasta de Clayton Noleto

Recursos tiveram como destino obras em estradas maranhenses, que em parte não teriam sido executadas

O deputado estadual César Pires (PV) solicitou à Caixa Econômica Federal dados a respeito de um convênio de R$ 10 milhões celebrado com a Sinfra (Secretaria de Estado da Infraestrutura), comandada desde o início do governo Flávio Dino pelo ex-vendedor de planos de saúde Clayton Noleto.

De acordo com o parlamentar, os recursos tiveram como destino obras em estradas maranhenses, que em parte não teriam sido executadas.

“Segundo informações de alguns empreiteiros, era para ser feito acostamento e meio-fio, mas não foi executado. Trafeguei naquela região [entre a estrada que liga Tutóia a Paulino Neves e Palestina a Duque Bacelar] de quinta até domingo e constatei essa situação”, disse em discurso na Assembleia Legislativa.

Pires afirmou que, somente depois de haver tornado público levantamento feito por sua assessoria sobre obras estaduais inacabadas é que uma estrada entre os municípios de Magalhães de Almeida e São Bernardo começou a ser recuperada pelo governo estadual.

Posteriormente, porém, acusou, as máquinas das empresas contratadas pela Sinfra teriam sido recolhidas e os serviços novamente paralisados. “O que verificamos em nossa passagem por lá é que os serviços também foram mal feitos”, acrescentou.

O decano vem concentrando sua fiscalização parlamentar, em maior parte, na pasta de Noleto.

Conforme mostrou o ATUAL7, O secretário é investigado pelo Ministério Público por suspeita de crimes contra a ordem tributária e de direcionamento de licitações entre 2015 e 2020. Mais de R$ 2,3 bilhões foram contratados no período.

No mês passado, Pires requisitou à Polícia Federal que apure indícios de irregularidades na execução contratos celebrados com verba federal entre a Sinfra e as empreiteiras Moriah e Terramata. Segundo ele, além de suspeitas de irregularidades, há falta de transparência no uso do dinheiro público.



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