O governador Carlos Brandão (PSB) prevê um corte de quase R$ 55 milhões no Iema (Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão) na proposta de Orçamento encaminhada à Assembleia Legislativa do Maranhão para 2023.
O texto foi apresentado no início de outubro, um dia após o atual chefe do Executivo ser ser reeleito em primeiro turno.
Segundo o documento, enquanto o Orçamento de 2022 do Iema previu despesas de R$ 273,7 milhões, o do próximo ano estima apenas R$ 218,8 milhões.
Do montante, ainda segundo o PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) 2023, apenas R$ 32 milhões correspondem à despesas de capital para investimentos, como a execução de obras e compra de instalações.
A retirada da verba se dará no primeiro ano de gestão de Brandão como governador reeleito, caso a proposta seja aprovada pelos deputados estaduais na íntegra, ou seja, sem modificações no texto original. É o primeiro Orçamento inteiramente elaborado por Brandão, que assumiu o Palácio dos Leões como mandatário-tampão em abril, após a renúncia de Flávio Dino (PSB) ao cargo para disputar o Senado.
Autarquia estadual vinculada à Secretaria de Educação do Maranhão, o Iema foi criado em 2015, primeiro ano de gestão do ex-governador Flávio Dino, por meio de uma canetada. No caso, houve apenas a troca da nomenclatura, antes chamada de Cetecma (Centro de Capacitação Tecnológica do Maranhão).
Segundo dados do Governo do Maranhão, atualmente, os Iemas somam 63 unidades —sendo 26 vocacionais, 34 plenos, 2 bilíngues e 1 vocacional integrado. Ofertam ensino médio técnico de tempo integral e cursos profissionalizantes, além de idiomas, música e gastronomia. A rede atende cerca de 20 mil alunos e uma média de 70 mil já passaram pelas unidades.
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