Eleição para presidência da Assembleia Legislativa do MA envolve controle de R$ 535 milhões
Política

Eleição para presidência da Assembleia Legislativa do MA envolve controle de R$ 535 milhões

Othelino Neto, atual presidente da Casa, é o favorito. Arnaldo Melo também tenta o cargo, mas pode ser indicado para o Tribunal de Contas

Além do poder de colaborar para que os interesses do Palácio dos Leões avancem, comandar a pauta do plenário e influenciar nas votações dos deputados, o presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão da próxima legislatura vai controlar um Orçamento de R$ 535 milhões previsto para a Casa para 2023.

A estimativa foi encaminhada pelo governador Carlos Brandão (PSB) à Alema no início de outubro na proposta de lei orçamentária para o ano que vem, ainda não votada pelo Parlamento.

O valor é superior em mais de R$ 40 milhões ao previsto para as despesas do Poder Legislativo do Estado para este ano, de quase R$ 494 milhões.

A maior parte dos gastos projetados da Casa será com pessoal, cerca de 75%.

A proposta orçamentária será votada pela atual composição da Assembleia Legislativa maranhense, mas as despesas ocorrerão somente a partir do primeiro ano da próxima legislatura, com a Casa renovada em 59,5%.

Embora publicamente insinuem independência, nos bastidores, todos os deputados reeleitos e também os novatos decidiram aguardar a indicação de Brandão para o comando da Assembleia Legislativa, incluindo parlamentares do PL e do PDT –que na disputa eleitoral de 2022 tentaram, sem sucesso, apeá-lo do cargo para colocar na cadeira o senador Weverton Rocha (PDT-MA).

O deputado Othelino Neto (PCdoB), que preside a Casa desde janeiro de 2018, é favorito para permanecer no cargo. Além do apoio do ex-governador Flávio Dino (PSB), é aliado de Brandão e conta com imagem de equilíbrio entre governistas e oposicionistas para se manter à frente do Poder Legislativo maranhense.

Para ser eleito presidente da Assembleia Legislativa em primeiro turno, o deputado precisa de 22 votos. A movimentação, porém, é para que haja aclamação em vez de disputa.

Neste sentido, também aguarda pelo posicionamento de Carlos Brandão o deputado Arnaldo Melo (PP), que já presidiu a Casa e, à época, foi o principal responsável pela derrocada do clã Sarney e do recuo de Roseana, então governadora, na candidatura ao Senado.

Conforme revelou o ATUAL7, Melo conta com o incentivo do empresário Marcus Brandão, irmão do mandatário do Estado, na empreitada. Nas últimas semanas, contudo, perdeu fôlego, e agora já articula ser o indicado pela Assembleia Legislativa para o TCE (Tribunal de Contas do Estado) no ano que vem, na vaga a ser aberta com a aposentadoria do conselheiro Edmar Serra Cutrim.



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