A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta quarta-feira (14), por unanimidade, a reclassificação do canabidiol, derivado da maconha, como medicamento de uso controlado e não mais como substância proibida no país. A decisão foi tomada um mês depois que o Conselho Federal de Medicina (CFM) autorizou o uso do canabidiol no tratamento de crianças e adolescentes com casos graves de epilepsia, que não respondam ao tratamento convencional.
É a primeira vez que a Anvisa reconhece, oficialmente, o efeito terapêutico de uma substância derivada da cannabis.
A maior parte dos diretores da Anvisa ressaltou que não há relatos de dependência relacionada ao uso de canabidiol, enquanto há diversos indícios registrados na literatura científica de que a substância auxilia no tratamento de enfermidades como a epilepsia grave.
Os diretores também ressaltaram que a reclassificação abre caminho para que as famílias que fazem uso do canabidiol deixem de agir na ilegalidade por fazerem uso de uma substância proibida, além de abrir caminho para que indústrias possam realizar mais pesquisas.
O canabidiol é uma substância química encontrada na maconha e que, segundo estudos científicos, tem utilidade médica para tratar diversas doenças, entre elas, neurológicas.
Mesmo com a reclassificação do canabidiol, sua importação continuará sendo controlada pela Anvisa, mas a substância perde a ‘tarja’ oficial de ilegalidade.
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