Não fosse o Ministério Público Eleitoral (MPE) e do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão, o flagrante desvio de dinheiro público dos cofres de Marajá do Sena poderia ter sido um pouco menor. Ou bem menor.
O município é segundo mais pobre do estado de acordo com o ranking do IDHM.
Há cerca de dois meses, o prefeito Manoel Edivan Oliveira da Costa (PMN), preso pela polícia durante as operações “Morta Viva” e “Marajá”, nessa segunda-feira (5), por envolvimento no esquema de agiotagem operado em prefeituras e câmaras municipais no Maranhão, chegou à Marajá do Sena de helicóptero, como mostra a foto ao lado, em comemoração à vitória por 5 a 1 do julgamento no TRE-MA que lhe garantiu a manutenção no cargo.
No entendimento do desembargador Lourival Serejo, que seguiu o parecer apresentado pelo MPE e apresentou voto-vista em desacordo ao do relator do processo, desembargador Eulálio Figueiredo, que pedia a cassação de Edivan Costa por compra de votos, houve “fragilidade de provas”.
Coincidência
A decisão do tribunal foi na mesma época em que o deputado federal Hildo Rocha, do PMDB, denunciou da tribuna da Câmara que membros do tribunal estariam cobrando propina, por meio de um emissário, para não cassarem prefeitos acusados de abuso de poder e compra de votos nas eleições de 2012.
O TRE-MA chegou a tentar impor respeito, e ameaçou pedir a entrada da Polícia Federal no caso, para apurar a denúncia.
Como Hildo Rocha não tocou mais no assunto, a indignação dos desembargadores da Justiça Eleitoral do Maranhão por serem taxados de propineiros ficou apenas na ameaça.
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