José Sarney sobre queda de popularidade de Dilma: “Ela não me pediu conselhos”
Política

José Sarney sobre queda de popularidade de Dilma: “Ela não me pediu conselhos”

Caudilho maranhense confessou que, desde que deixou o Senado, em fevereiro deste ano, não tem mantido conversas com a presidente da República

O ex-senador e ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP) apontou, nessa quarta-feira (24), o que acredita ser o motivo da queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT). Sarney, que também teve baixos índices de aprovação em seu governo, respondeu: "ela não me pediu conselhos". Ele também confessou que, desde que deixou o Senado, em fevereiro deste ano, não tem mantido conversas com a presidente Dilma.

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Fábo Rodrigues/Pozzebom Votou em Aécio Dilma Rousseff e José Sarney, já quando ela já nem lhe olhava mais na cara

As declarações do caudilho maranhense foi dada ao UOL, durante entrevista em que comentou ainda ser contra a ruptura entre o seu partido e o de Dilma, em contraste ao defendido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para o adversário do governador Flávio Dino (PCdoB), apenas algo "muito grave" poderia justificar o fim da aliança entre os dois partidos.

Questionado sobre quais conselhos daria à presidente para reverter esse quadro, Sarney citou um provérbio. "Tenho a lembrança de um ditado do Maranhão, um provérbio que diz: 'conselho e água benta só se dá a quem pede'. Ela não me pediu conselhos. Não posso dar", disse, respondendo ainda que só encontrou Dilma em cerimônias oficiais ou em eventos sociais.

"Não tenho conversado com ela. Tenho encontrado ela eventualmente, como no casamento da filha do Eunício [líder do PMDB no Senado]. Ela estava lá e eu a cumprimentei, mas não tenho conversa nenhuma", disse.

Durante sua fala sobre a crise política entre PT e PMDB, Sarney disse não ver motivos para uma ruptura entre os dois partidos. "Não posso apoiar ruptura (...) Acho que o PMDB é importante para a governabilidade do Brasil. Só um fato de extrema gravidade poderia resultar em uma mudança de posição do PMDB. Algo que acho que não está ocorrendo e que nem há perspectiva de ocorrer", afirmou o ex-presidente.

Ao analisar a atual conjuntura política, Sarney disse que não vem acompanhando a atuação do vice-presidente Michel Temer (PMDB) como articulador político da presidente Dilma, mas elogiou o companheiro de partido. "Eu acho que o Michel é um homem muito experiente, muito capaz, e tem desempenhado com muito êxito todas as funções que lhe são dadas", declarou.



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