Alvo de denúncias por parte da antiga oposição – hoje situação – a Fundação Sousândrade de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Federal do Maranhão (FSADU) não precisou recorrer aos burocráticos mas transparentes e lícitos processos de licitação para continuar garfando somas milionárias dos cofres do governo estadual.
Na última segunda-feira (6), a instituição controlada pela ex-servidora da UFMA, Evangelina Maria Martins Noronha, foi presenteada pelo titular da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Marcos Pacheco, com um aditivo ao contrato de R$ 1.618.750,00 (um milhão, seiscentos e dezoito mil e setecentos e cinquenta reais) para continuar prestando serviços para a SES.
O contrato inicial havia sido assinado pelo ex-secretário de Saúde Ricardo Murad, em julho de 2013, também pela gestão de projetos para subsidiar a execução da programação de atividades da superintendência de Vigilância Sanitária – que, aliás, já deveria estar funcionando em um imóvel que vem recebendo em dia o pagamento pelo aluguel.
Pela nova fatia do bolo orçamentário, a Sousândrade deve permanecer como terceirizada do Estado por mais 12 meses, já que no aditivo, no que se refere à prorrogação de prazo, o término está previsto para o dia 2 de julho de 2016.
Além do governo Flávio Dino descumprir uma promessa de campanha e de posse, de que abriria concurso público para a Saúde para acabar ou pelo menos diminuir com a terceirização da mão de obra no setor, a manutenção de uma contratada por Ricardo Murad vai novamente de encontro à manipulação do comunista no Poder Legislativo estadual, que ensaia a mando do chefe instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a suspeita de desvio de verba pública por meio de contratadas por Murad, durante os anos de 2009 a 2014, inclusive a própria Fundação Sousândrade.
Mais contratos
No mesmo dia da assinatura do aditivo de R$ 1,6 milhão para prestação de serviços à Vigilância Sanitária, a Fundação Sousândrade levou mais R$ 151.037,46 (cento e cinquenta e um mil, trinta e sete reais e quarenta e seis centavos) por meio de outro aditivo, para prestação de serviços à “Força Estadual de Saúde”.
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