Apesar de parte dos leitores do Atual7 parabenizarem o governador Flávio Dino, do PCdoB, por decidir abrir concurso público para a Saúde estadual - que não ocorria há praticamente 20 anos -, outra parcela tem criticado o comunista por oferecer vagas apenas para quem tem formação em nível superior.
É o que se percebe ao ler sobre o assunto nas redes sociais e nos comentários da postagem que antecipou o envio do Projeto de Lei - que cria o Plano Geral de Carreiras e determina a realização do certame - para a Assembleia Legislativa do Maranhão.
A cobrança principal é de técnicos em enfermagem. A categoria alega uma lógica simples: sem o auxílio desse tipo de profissional, que ocorre por meio de atendimento a pacientes de média e alta complexidade, como em curativos e outras pequenas pequenas intervenções, os enfermeiros, que contarão com 74 vagas no concurso que será realizado pela Secretaria de Estado da Saúde, não conseguem exercer suas próprias funções.
Há ainda a reclamação pela disparidade de remuneração entre profissionais médicos, de salário inicial de R$ 19.994,60; e não médico, de salário inicial de R$ 10.580,80. A crise se dá, segundo os leitores do Atual7, ao fato de ambos serem qualificados e tecnicamente habilitados para desenvolver atividades afins.
Devido a essa acepção salarial entre os profissionais criada pelo governo comunista, uma comentarista, identificada apenas como Lívia, chegou a sugerir uma especie de boicote ao concurso.
"A galera NÃO MÉDICA que tá se incomodando com a diferença de salário pode protestar e não se inscrever no concurso, aí que sabe o Governador muda sua postura. Obs: Se a situação fosse o contrário: Salário de NÃO MÉDICO 19 mil e MÉDICO 10 mil eu tenho absoluta certeza que os médicos boicotariam esse concurso"", sugeriu.
Ainda no meio das críticas, há também os que cobram por vagas para outras áreas, como por exemplo para a Administrativa, e outros, profissionais de enfermagem, que alertam para o número irrisório de vagas ofertadas, que é de apenas apenas 74 enfermeiros para 30 municípios.
Sem falar q ele nao deu aumento nenhum para a área administrativa dos servidores estaduais. Funcionários públicos para eles é só policia e professor.só pagou o q já estava na planinha feita pelo governo anterior
Bem lembrado, Marcos! Rende uma postagem, essa sua colocação.
Creio que, com a obrigatoriedade da dedicação exclusiva vai tirar muitos profissionais da capital que se graduam e não querem ”descer” para o interior do estado, principalmente os médicos, por vários fatores: o não cumprimento das prefeituras em fazer pagamentos, o não desenvolvimento destas regiões, a distancia dos familiares etc.
Mas parece que todos nós já começamos a vislumbrar que aquela máxima, comentada pelo Arthur Ribeiro e a Margarete, na postagem anterior, de que a Lei da oferta e da procura está acabando devido o aumento do número de cursos de graduação em medicina (UFMA-SLZ, UFMA-Pinheiro, UFMA-Imperatriz, UEMA-Caxias e CEUMA-SLZ), sem falar do Programa do governo Federal, Mais Médicos e a abertura de nas turmas de graduação em faculdades publicas e privadas aqui no estado que vem tirando o sono de muitos colegas médicos. Será por quê?
Queremos também salientar que o tiro pode sair pela culatra para a prefeitura de São Luís com este concurso e com os que virão, tendo em vista que conheço muitos profissionais habilitados e qualificados da SEMUS que lutam pela valorização salarial e o prefeito Edivaldo Holanda Jr está demorando muito para tomar iniciativas em conter a evasão do quadro de profissionais que estão insatisfeitos, sendo alguns funcionários, chamados cargos comissionados, ligados a SEMUS, com graduação, qualificação e titulação ganham apenas uma imoralidade de R$ 800,00, chegando a serem ameaçados com a ultrapassagem do salário mínimo que já beira os r$ 800,00 (788,00).
A última classificação salarial ocorreu em 2007, onde os servidores amargam 15 anos sem reajustes de acordo com os direitos estatutários, retroativos das progressões (vertical, horizontal, difícil acesso e titulação) e melhoria das estruturas e condições de trabalho, entre outros pontos.