Foi num duro e violento golpe ao que ainda restava de esperança na população maranhense que o governador Flávio Dino, do PCdoB, mostrou mais uma vez, em menos de um ano, a sua verdadeira faceta ao receber com a tropa de Choque da Polícia Militar do Maranhão moradores da Vila Nestor, de Paço do Lumiar, a 26 quilômetros de São Luís, que em ato pacífico tentavam dialogar com o Executivo estadual sobre a reintegração de posse no município.
Após se reunirem durante toda a manhã e parte da parte, desta quinta-feira (6), debaixo do sol escaldante da parte frontal do impotente Palácio dos Leões, à espera de uma resposta por parte do governador sobre o caso, os manifestantes foram complemente ignorados, o que motivou o bloqueio parcial da Avenida Beira-Mar, na altura da rampa de acesso ao Palácio dos Leões, como forma de chamar a atenção do poder público estadual para a solução do problema.
Comunista, Dino não pensou duas vezes e ordenou que o Choque partisse pra cima dos manifestantes, com bombas de efeito moral e spray de pimenta lacrimogêneo.
Quem esteve no local, a exemplo do repórter fotográfico De Jesus, de O Estado, pode presenciar uma triste cena de guerra entre pessoas pobres que não tem onde morar e o braço armado e opressor do Estado.
Em apenas sete meses e seis dias de proclamação da República do Maranhão, o que já foi esperança, hoje passou a ser conhecido como medo.
Mais opressão comunismo
Dado ainda estarrecedor para alguns, esta não é a primeira vez em que o governador Flávio Dino usou a PM para oprimir manifestações.
Na primeira semana do mês de julho, Dino já havia chamado a polícia para proibir que manifestantes indígenas pudessem se aproximar do Palácio dos Leões. Grades foram fincadas, e camburões e homens do Choque foram convocados e ordenados para formarem um cordão de isolamento em toda a quadra do Palácio.
Já no final de março, um dia depois do comunista substituir os nomes de escolas que homenageavam responsáveis por crimes de tortura durante o regime ditatorial por de educadores e pessoas da comunidade, durante protestos em São Luís contra o aumento da tarifa dos coletivos, a mesma polícia foi chamada para acabar com a manifestação.
No início da noite daquele dia, por acreditarem que no novo regime a população teria direito à livre manifestação em busca de seus direitos, vários estudantes foram presos e espancados pela polícia.
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