Polícia Militar MA
PM do MA impede fixação de faixas pró-democracia e contra Bolsonaro
Cotidiano

Abordagem dos policiais foi divulgada por Cricielle Muniz, pré-candidata do PT à Prefeitura de São Luís

A Polícia Militar do Maranhão impediu que manifestantes fixassem faixas pró-democracia e contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), em pontos públicos de São Luís. As que já haviam sido colocadas, tiveram de ser retiradas.

A abordagem ocorreu na madrugada dessa quinta-feira 4, segundo a pré-candidata do PT à Prefeitura de São Luís, Cricielle Muniz, uma das participantes do ato. Ela diz que foi coagida pelos policiais.

“Fizemos nosso ato pela democracia, colocando as nossas faixas, e a polícia simplesmente retirou as nossas faixas. Estamos nos manifestando pela democracia e contra esse governo genocida, que tira a vida da população negra, sobretudo das pessoas mais vulneráveis, que passam por um momento muito delicado com a pandemia do coronavírus”, destacou, em vídeo postado no Twitter.

Ainda na rede social, Cricielle sugeriu que PM do Maranhão estaria alinhada ao projeto de poder de Bolsonaro.

“Não aceitaremos esse tipo censura! Não seremos silenciados/as! Não somos criminosos, apenas fomos defender a nossa democracia que está sendo ataca diariamente por esse governo genocida. A polícia bolsonarista não nos intimidará!”, publicou.

Dino anuncia coronel Ismael Fonseca como novo comandante da PM-MA
Política

Ele assume no lugar do coronel Jorge Luongo, que ficou pouco mais de um ano no cargo. É a terceira troca do governador no setor

O governador Flávio Dino (PCdoB) anunciou, nesta terça-feira 16, o coronel Ismael Fonseca como novo da Polícia Militar do Maranhão, que estava no comando do Centro Tático Aéreo (CTA) e já foi subcomandante da PM-MA em 2016.

Segundo publicação do comunista no Twitter, a nomeação será feita na próxima semana. “O coronel Ismael assumirá o Comando Geral da Polícia Militar na próxima terça-feira. Agradeço ao coronel Luongo, que passará a integrar a equipe da SSP”, postou.

Com a troca, o governo Dino chega a terceira mudança no setor.

Antes da saída anunciada do coronel Luongo, que ficou pouco mais de um ano no cargo, passou pelo comando da PM-MA os coronéis Frederico Pereira e Marco Antônio Alves.

Luongo contrata R$ 1,19 milhão em equipamentos de informática
Política

Governador havia anunciado redução de despesas e corte de gastos. Fornecedora opera em várias frentes de mercado e tem diversos outros contratos com o governo de Flávio Dino

Em meio ao anúncio de redução de despesas e corte de gastos feito pelo governador Flávio Dino (PCdoB), o comandante geral da Polícia Militar do Maranhão, coronel Jorge Allen Guerra Luongo, pretende pagar R$ 1,19 milhão na aquisição de equipamentos e suprimentos de informática.

Assinado há duas semanas com a Porto Seguro Construção, Comércio, Serviços e Consultoria Imobiliária Ltda - EPP, o contrato prevê a entrega de notebooks, computadores, no breaks, estabilizadores, monitores, projetores multimídias, licenciamentos Microsoft Windows, processadores e multímetros para a PM/MA.

Os produtos deverão ser repassados até o final do exercício financeiro deste ano, segundo a vigência do contrato — baixe o documento.

Com endereço atualmente registrado no bairro da Cohama, em São Luís, a contratada é uma espécie de mix empresa, atuando em diversas frentes de mercado. Os sócio-administradores, segundo consulta à Receita Federal do Brasil (RFB), são Gabriel Ferreira Alves Marinho e Erlene Ferreira Alves.

Além do serviço contratado por Luongo, a Porto Seguro também exerce atividades econômicas na construção de edifícios, de rodovias e de ferrovias; passando por comércio varejista de bebidas, de livros e de brinquedos e artigos recreativos; e até no aluguel de automóveis e máquinas pesadas. A empresa, inclusive, já possui diversos outros contratos com o governo de Dino, até mesmo para o fornecimento de aparelhos ar-condicionados, onde também opera.

PM/MA contrata R$ 1,77 milhão em locação de veículos para uso na eleição de 2018
Política

Contrato foi celebrado pelo Cel Luongo com as empresas Trans Vitória e Falcão Service Car. Apesar do pleito se encerrar em outubro, algumas diárias chegam a até 150 dias

A Polícia Militar do Maranhão pretende gastar mais de R$ 1,77 milhão com locação de veículos para emprego nas eleições de outubro próximo. O contrato foi fechado em valor global pelo Comandante Geral da PM/MA, Coronel Jorge Allen Guerra Luongo, no último dia 23, com as empresas Trans Vitória e Falcão Service Car, registradas com endereço de funcionamento, respectivamente, no Jardim São Cristovão e Cidade Operária, em São Luís.

Apesar da prestação de serviços ser apenas para emprego no pleito de 1º turno e, se houver, 2º turno, em alguns itens e lotes do contrato, foi fechado até 150 diárias por veículo locado. Ou seja, mesmo terminada a eleição, a PM maranhense pretende permanecer utilizando os veículos por mais dois meses. Em tese, o uso dos veículos fora do prazo do objeto contratado pode caracterizar desvio de finalidade.

O contrato prevê a locação de um veículo do tipo ônibus semileito, com capacidade mínima para 44 lugares e banheiro; três veículos do tipo micro-ônibus, sendo um deles com capacidade de no mínimo 28 lugares e os outros dois de no mínimo 24 lugares; três veículos tipo van, com capacidade mínima de 16 lugares; e uma pickup, cabine dupla, tração 4x4, quatro portas, com carroceria.

Todos os veículos devem ser com ar condicionado. Pelas diárias, as contratadas devem fornecer também combustível e motorista. Segundo consulta feita pelo ATUAL7 no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) da Falcão Service Car, porém, a empresa até possui como atividade secundária serviços de locação de automóveis, mas sem o fornecimento de condutor.

De acordo com o edital, os veículos locados serão empregados pela Polícia Militar para deslocamento da troca em todos os 217 municípios do estado, divididos em 26 rotas, para a realização do pleito eleitoral de 2018. A estimativa, segundo o documento, é de que até 1600 policiais militares sejam utilizados nas missões.

PM-MA invade casa sem mandado judicial e destrói tudo
Maranhão

Denúncia é do advogado Diogo Cabral. Ele cobrou do governador Flávio Dino o fim desse tipo de ação

Pelo menos quatro agentes da Polícia Militar do Maranhão invadiram a casa de uma mulher na periferia de São Luís, na noite dessa quinta-feira 12, sem mandado judicial e destruíram a residência. A denúncia foi publicada no Twitter pelo militante e advogado da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH), Diogo Cabral, em postagem direcionada ao governador Flávio Dino (PCdoB).

“Flávio Dino, determine que a PMMA cumpra os preceitos do Estado Democrático de Direito e que não invada casas de cidadãos de bem da periferia. Ontem 4 policiais invadiram a casa de uma trabalhadora, negra, da periferia de São Luís. Destruíram tudo, sem mandado judicial”, postou.

Segundo julgamento mais recente do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre esse tipo de situação, de novembro de 2015, a invasão pode ter sido ilegal. Pelo entendimento firmado, a possibilidade da polícia invadir residências sem a necessidade de mandados pode ser executado apenas em situações que envolvam depósito ou porte de drogas, extorsão mediante sequestro e cárcere privado, ou seja, situações que exigem ação imediata da polícia.

Ainda em publicações direcionadas ao governador do Maranhão, Cabral denunciou que invasões da PM-MA em residências na periferia da capital, sem posse de mandados judiciais, são práticas constantes. Para ele, além de refém das facções criminosas, a população fica, ainda, à mercê a truculência policial.

“Essa prática é cotidiana na periferia de SLZ e as pessoas que ali moram são reféns de facções e da truculência policial. Flávio Dino, a lógica de guerra às drogas, além de encarcerar em massa, viola direitos, solapa garantias individuais e Mata”, disse o advogado.

PM do Maranhão apreende quase uma tonelada de maconha
Maranhão

Droga estava em um veículo com placas de São Paulo. Traficante capotou às margens da BR-135 ao tentar empreender fuga

A Polícia Militar do Maranhão aprendeu, na noite dessa quinta-feira 2, aproximadamente uma tonelada de maconha, dentro de um veículo com placa de São Paulo, que capotou às margens da BR-135, na altura de Matões do Norte, sentido São Mateus, ao tentar empreender fuga.

Segundo o sargento Fernando, comandante da operação formada por PMs de Matões do Norte e da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas), o veículo foi perseguido pela PM-MA e o traficante, depois do acidente, abandonou o veículo, tomando rumo ignorado.

Ninguém foi preso.

Como a caminhonete utilizada pelo traficante ficou bastante avariada, devido a grande quantidade da droga, foi necessário três viaturas para levar os tabletes de maconha para a Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), em São Luís, por ordem do Comando Geral. O veículo foi levado para a delegacia de Matões do Norte.

Essa é uma das maiores apreensões do tipo no Maranhão.

Polícia também é abandonada num nos municípios mais pobres do Brasil
Maranhão

Em Marajá do Sena, prédio do destacamento da PM está caindo aos pedaços e as conduções são feitas de moto

A transferência do soldado Diego Silva Paixão, um dos lideres da Associação dos Policiais Militares do Médio Mearim (ASPOMMEM), para Marajá do Sena, quarta cidade mais pobre do Brasil e segundo mais pobre do Maranhão, de acordo com dados do IBGE, expôs as irregularidades e deficiências no tratamento do Comando Geral da Polícia Militar do Maranhão - e, principalmente, do Comando dos Batalhões - com a tropa.

Imagens que circularam nas redes sociais desde a transferência de Diego, que teria sido motivada por perseguição, mostram a estrutura do destacamento caindo aos pedaços e completamente insalubre, obrigando os policiais que para lá são enviados a sobreviverem em condições abaixo das mínimas de dignidade humana.

De acordo com relatos de policiais ouvidos pelo Atual7, entre os principais problemas que já poderiam ter sido facilmente resolvidos pelo Poder Público estão uma fossa com tampa quebrada exalando forte odor durante todo o dia, falta de água encanada, esgoto a céu aberto nos fundos do destacamento, o único banheiro quebrado e a falta de colchões para dormir. Os poucos que existem, já com caruncho devido a insalubridade do local, foram comprados pelos próprios PMs enviados para Marajá do Sena antes do soldado Diego Paixão.

O prédio, que fica ao lado de uma delegacia abandonada, foi cedido pela Prefeitura de Marajá do Sena, mas enfrenta uma ordem de reintegração de posse há pouco mais de dois meses. Na necessidade de condução, a delegacia mais próxima fica em Paulo Ramos, a 43 quilômetros da cidade. Não bastasse, as conduções são feitas de moto, já que a única viatura da unidade está quebrada e se encontra esquecida na garagem da prefeitura há cerca de três meses.

Além da negligência do Estado do Maranhão em relação a estrutura física do destacamento e de trabalho dos policiais, uma vez que a manutenção do prédio público e bem estar dos PMs é dever exclusivo do Estado, a alimentação e o combustível do alojamento ficam por conta exclusiva do prefeito, fato que se repete em quase todos os 217 municípios do Maranhão, apesar do governador Flávio Dino (PCdoB) prometer acabar com essa ilegalidade via decreto, como se uma assinatura numa folha de papel transformasse a terra batida das estradas do Maranhão em melhores condições de trabalho e sobrevivência para a polícia.

Maranhão

Ação está marcada para acontecer nesta quarta-feira 14, em Paço do Lumiar. Em agosto, uso de PMs não aptos para esse tipo de serviço resultou na morte de um jovem

Documento mostra o Coronel Carlos Augusto requisitando 15 integrantes da Banda de Música para uma ação que deve ser desenvolvida pela Batalhão de Choque
Atual7 Risco de tragédia Documento mostra o Coronel Carlos Augusto requisitando 15 integrantes da Banda de Música para uma ação que deve ser desenvolvida pela Batalhão de Choque

Membros da Banda de Música da Polícia Militar do Maranhão foram escalados pelo alto Comando da PM para uma ação de reintegração de posse a ser realizada nesta quarta-feira 14, em imóvel localizado na MA-204, na Maioba de Mocajituba, município de Paço do Lumiar.

Assinado e enviado nesta terça-feira 13 pelo Coronel Carlos Augusto, Subchefe do Estado-Maior Geral Administrativo (EGM) da PM-MA, o Ofício n.º 423/2015 solicita o total de 15 praças da Polícia Militar para participarem da operação. De acordo com o Cel. Augusto, a determinação teria partido do Comandante Geral da PM-MA.

Já outro documento, publicado mais cedo pelo blog de Marco D'Eça, mostra o encaminhamento feito pelo Capitão Pereira dos nomes de pelo menos 10 integrantes da Banda, entre sargentos, cabos e soldados, apontados como "prontos" para a operação.

Além do fato de ter sido feita em cima da hora, a convocação pode resultar em nova tragédia, pois os policiais da Banda de Música são do quadro de especialistas, e por isso não preparados para esse tipo de gerenciamento de crise, típico de homens do Batalhão de Choque, que trabalham com armas não letais e são treinados para esse tipo de situação.

Em agosto, o uso de policias não aptos para esse tipo de ação resultou na morte do jovem Fagner Barros dos Santos, de 19 anos, durante uma reintegração de posse, na região do Turu.

Devido a forte repercussão negativa para o governo estadual pela gravidade do caso, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) e o Comando da PM-MA esquivaram-se da responsabilidade e acabaram apontando para dois cabos a culpa pelo assassinato.

Agora, com o vazamento do ofício solicitando os homens da Banda para a ação de reintegração de posse, fica comprovado que a responsabilidade por qualquer tragédia, pelo menos neste caso, será dos próprios oficiais comandantes.

No MA, PMs são colocados para reformar Comando sem equipamentos de segurança
Maranhão

Flagra foi feito pelo Atual7 nesta segunda-feira 28. Norma determina uso de EPIs em toda e qualquer tipo de obra

Um flagra feito pelo Atual7 na manhã desta segunda-feira 28 evidencia bem a forma como o governador Flávio Dino e o comandante Geral da Polícia Militar do Maranhão, Cel Alves, tratam a tropa.

Designados para a reforma no Quartel do Comando Geral da PM-MA, pelo menos três policiais militares do Pelotão de Obras foram colocados para pintar o local sem equipamentos obrigatórios de segurança, e ainda calçando chinelos, o que aumenta o risco de queda e, consequentemente, alguma lesão - ou algo pior.

No Maranhão, PMs são colocados para reformar Comando Geral sem equipamentos de segurança, como determina a lei. Mais em: http://www. atual7.com/?p=14969

Posted by Atual7 on Segunda, 28 de setembro de 2015

Eles estavam a uma altura de cerca de seis metros do solo.

Obrigatoriedade

De acordo com a Norma Regulamentadora n.º 6, em toda e qualquer tipo de obra, seja ela grande como de um prédio, ou pequena, como de uma casa, é obrigatório o uso dos chamados Equipamentos de Proteção Individual (EPI).

Para garantir a segurança, os operários precisam usar capacete, óculos, luvas, botas e, dentre outros equipamentos, cintos de segurança presos em alguma estrutura fixa. São estes equipamentos que vão evitar lesões ou algo mais grave nos operários em caso de algum acidente.

No caso dos PMs da Pelotão de Obras que estavam pintando o Comando Geral, eles deveriam estar equipados de óculos de segurança, máscara semifacial, máscara descartável, avental de PVC, luva de PVC ou látex e botas apropriadas. Como estavam em um andaime, eles deveria ainda estar equipados com um cinturão de segurança com conexões, tipo paraquedista, por estarem a mais de dois metros de altura.

Pela Norma Regulamentadora n.º 18, os EPIs deveriam ser fornecidos obrigatoriamente para os policias pelo Comando Geral da PM-MA.

Subprefeito confessa que flagrou mas não guinchou carros da Cúpula da PM-MA
Política

Durante condecoração de militares, veículos oficiais e de propriedade privada foram estacionados na Praça Nauro Macho e na Rua da Estrela

Desabafo diante da ignorância !! Hoje, ao chegar na Câmara Municipal de São Luís para uma Audiencia Pública as 9:30 da...

Posted by Fábio Henrique Farias Carvalho on Quarta, 26 de agosto de 2015

O subprefeito do Centro de São Luís, Fábio Henrique Farias Carvalho confessou em sua página pessoal no Facebook (veja ao lado) que prevaricou diante da grave infração cometida pela Alta Cúpula da Polícia Militar do Maranhão, que usou como estacionamento, durante toda a manhã dessa quarta-feira 26, parte da Praça Nauro Machado, reformada recentemente pelo governo estadual ao custo de 600 mil reais, além da Rua da Estrela, localizados no Centro Histórico da capital, tombado pela Unesco.

Apesar de na rede social ter se portado como uma pessoa firme e corajosa, consciente da autoridade do cargo que ocupa, ao ponto de na internet puxar a orelha de peixes grandes, Fábio Carvalho deixou vazar que, "diante de tanta gente forte", teve mais medo que os guardas de trânsito da SMTT, pois, segundo afirma, guinchou apenas dois carros do local, e multou apenas outros quatro.

Em São Luís, Praça Nauro Machado vira estacionamento da Cúpula da PM
Uimar Júnior Quem pode, pode Em São Luís, Praça Nauro Machado virou estacionamento da Cúpula da Polícia Militar do Maranhão

Explica-se: imagens compartilhadas pelo ator performático Uimar Júnior mostram que, só na Nauro Machado, pelo menos três viaturas da Polícia Militar, além de mais três carros de passeio, foram estacionados, violando o Código de Trânsito Brasileiro, uma determinação da Justiça Federal e o Decreto Estadual  nº 11013/88, que proíbe a circulação de carros no Centro Histórico da capital, por tanto todos os carros deveriam ser guinchados e seus donos e responsáveis imediatamente multados.

Diante das imagens que provam que o número de veículos era muito superior aos dois supostamente guinchados e quatro supostamente multados - quem estava no local garante que nem isso viu -, a alegação apresentada pelo subprefeito, de que, ao se deparar com a cena de "cegueira e estupidez humana", teria ficado "sem entender nada no começo", só aponta que, além de falta de pulso, Fábio Carvalho podia até não ter conhecimento do que se passava pelo local, mas já tinha conhecimento de quem estava.

Em São Luís, Praça Nauro Machado vira estacionamento da Cúpula da PM-MA
Maranhão

Praça foi reformada e entregue pelo governo estadual recentemente. CTB só permite esse tipo estacionamento e parada quando em serviço de urgência

Centro Histórico de São Luís, tombado como Patrinômio Mundial pela Unesco, virou estacionamento de carros de peixões da PM-MA
Uimar Júnior Quem pode, pode Centro Histórico de São Luís, tombado como Patrimônio Mundial pela Unesco, virou estacionamento de carros de peixões da PM-MA

A Praça Nauro Machado serviu de estacionamento para os veículos de participantes da condecoração de policiais militares, realizada pelo comando de Policiamento de Área Metropolitano III (CPAM), nesta quarta-feira 26, no Teatro João do Vale, localizado no Centro Histórico de São Luís.

Imagens compartidas em uma rede social pelo ator performático Uimar Júnior mostram que pelo menos três viaturas da Polícia Militar estavam estacionadas no meio da praça, além de mais três carros de passeio, um deles atrapalhando o acesso de cadeirantes à praça, que ficaram proibidos de exercer o direito constitucional de ir e vir.

Em total desrespeito ao Código de Trânsito Brasileiro, a uma determinação da Justiça Federal e ao Decreto Estadual  nº 11013/88, que proíbe a circulação de carros no Centro Histórico da capital, até mesmo na porta do João do Vale e da Câmara Municipal de São Luís também foram estacionados vários carros, inclusive um pertencente ao Tribunal de Justiça do Maranhão.

Carro oficial de agente 007 permaneceu tranquilo estacionado em frente à CMSL e ao Teatro João do Vale
Uimar Júnior James Bond pode Carro oficial de agente 007 permaneceu tranquilo estacionado em frente à CMSL e ao Teatro João do Vale

Segundo relato de fontes do Atual7 que estiveram no evento - e que garantem terem estacionado em local adequado -, a condecoração de policiais militares contou com diversas autoridades civis, subcomandante, coronéis, delegados, tenentes, empresários e o secretário de Segurança Pública do Maranhão, delegado Jefferson Portela, fato que explica os veículos estacionados em local indevido, inclusive na praça, que foi entregue há pouco mais de dois meses pelo governo estadual após reforma que custou mais de 670 mil reais aos cofres públicos.

Pela legislação de trânsito brasileira, como não estavam em diligência policial, com giroflex ligado, todos os veículos, até mesmo as viaturas, deveriam ter sido guinchados e seus proprietários multados, mas no Maranhão, e principalmente em São Luís, isso só acontece com o cidadão comum.

Ou como ironizou Uimar Júnior: "Eles podem, né?".

Maranhão

Editorial do jornal Vias de Fato, sobre o assassinato do jovem Fagner dos Santos, de 19 anos, durante desocupação de terreno em São Luís

Do Vias de Fato

Quem foi Fagner Barros dos Santos? Por que ele foi assassinado, com um tiro na cabeça, por um Policial Militar do Maranhão? Quem são os responsáveis por sua morte? Foi o PM que disparou a arma? Foi quem puxou o gatilho e estourou seus miolos? Foi o oficial responsável pela operação? Este crime tem alguma relação com a Medida Provisória 185, assinada por Flávio Dino em janeiro deste ano, logo no início do seu governo? Alguém lembra que três organizações sociais lançaram uma nota, ainda em janeiro, dizendo que esta mesma MP seria uma “licença para matar”? Não é o caso de se tratar disso agora, diante de nova tragédia? Não? Então não devemos mais falar disso? Devemos esquecer a nota das entidades?

Fagner dos Santos, de 19 anos, foi morto durante desocupação de terreno em São Luís
Vias de Fato Por quê? Fagner dos Santos, de 19 anos, foi morto durante desocupação de terreno em São Luís

Por que um adolescente foi baleado, na mesma operação que matou Fagner Barros dos Santos? Por que houve tiros contra a manifestação que eles participavam? Por que atiraram nas casas? Nas pessoas? Cada um dos tiros foi um “caso isolado”? Ou tudo foi mais um caso de “uso de força moderada”? E quem é o dono do terreno em questão? São vinte hectares? Ele cumpre sua função social? Lá não existia um lixão, antes da ocupação? Por que uma liminar tão rápida? Não seria o caso de desapropriar o terreno? Não seria o caso de ser criada, no local, a Vila Fagner Barros dos Santos? Não?

As sucessivas tragédias ocorridas em Pinheiro, Vitória do Mearim, São Luís (envolvendo torturas e execuções) vão ser tratadas sempre, pelo atual governo, como “casos isolados”? Os métodos que levaram à morte de Fagner têm relação direta com as bombas atiradas contra manifestantes, na Avenida Beira Mar, no dia 6 de agosto, próximo ao Palácio dos Leões? Não têm?

Alguém se lembra de como se deu a repressão a uma manifestação estudantil, em abril deste ano, no terminal da integração da Praia Grande? Alguém lembra que os estudantes fizeram boletins de ocorrência, gravaram vídeos e fizeram notas criticando a violência policial e o atual governo do Maranhão?

Num estado injusto como o Maranhão, marcado pela miséria, pela grilagem e por todo tipo de especulação imobiliária, fazer ocupação de terras é crime? É isso mesmo? São Luís não é quase toda fruto de ocupações? O atual governo desconhece os problemas sociais profundos, que originam estas ocupações? Tudo será desonestamente simplificado como “indústria de invasões”?

O governador Flávio Dino fez fotos com o MST, na porta do Palácio dos Leões, mas não admite manifestações sociais, passeatas, ocupações e mobilizações populares? É isso? Será, então, que a foto com os manifestantes do MST é pura demagogia do governador? Será?

E onde fica a democracia, defendida por Flávio Dinodiante da presidenta Dilma? Ela passa apenas por decisões judiciais? Passa apenas pelas liminares de despejo, suspeitas e às vezes criminosas? É essa a democracia que devemos respeitar? No “governo da mudança”, então, ninguém poderá fazer manifestações nas ruas e praças públicas? E a participação popular, que dá nome a uma secretaria do atual governo?

Um inquérito policial dará conta de todas as questões envolvendo a morte de Fagner Barros dos Santos? Daqui a alguns dias, todos nós esqueceremos Fagner Barros dos Santos? De quem devemos cobrar a sua morte? Do governador? Do governo? Da Secretaria de Direitos Humanos? Da Secretaria de Segurança? Da PM? Do cabo? Dos que se dizem donos do terreno? De nós mesmos? Ou não devemos cobrar de ninguém? Melhor largar de mão?

Quem é Fagner Barros dos Santos? Um número a mais nas estatísticas? As mesmas estatísticas que o governo foi acusado de estar maquiando? O martírio de Fagner (durante uma reintegração de posse!) tem alguma importância na atual conjuntura política do Maranhão, onde o governo fala em mudança? Ele foi vítima de uma violência política, além de policial? Ou é só um “caso isolado”, esquecido daqui a poucos dias? Estamos sendo inoportunos com este tipo de pergunta? Melhor mudar de assunto?

Independente das respostas, ou da (in) conveniência destas perguntas, temos que dizer claramente que Fagner Barros dos Santos foi um jovem, que estava junto a uma manifestação popular, negro, da chamada periferia de São Luís, que estava lutando por moradia e foi assassinado por agentes do Estado, sob o comando do governo de Flávio Dino. Este é o fato. E ele não é um fato isolado.

Choque x manifestantes: Flávio Dino diz que Estado não pode perder sua “autoridade”
Política

Governador diz polícia agiu de forma moderada ao dispersar os manifestantes com bombas de efeito moral e spray de pimenta

Em nota distribuída na noite dessa quinta-feira 6, para justificar as ações de truculência da tropa de Choque da Polícia Militar do Maranhão contra manifestantes que ocupavam um dos trechos da Avenida Beira Mar, o governador Flávio Dino, do PCdoB, alegou que o Estado não pode perder a sua "autoridade", e que considera a ação policial "moderada" e "necessária para garantir a ordem e evitar que manifestações violentas impedissem a livre circulação de pessoas".

No centro da imagem abafada por bombas de efeito moral, mãe segura um bebê no colo
Blog do Luís Pablo Instalação do Comunismo?No centro da imagem abafada por bombas de efeito moral, mãe segura um bebê no colo

"A atitude democrática do governo não pode ser confundida com falta de autoridade. Desse modo, o uso de força moderada pela Polícia Militar foi necessária para garantir a ordem e evitar que manifestações violentas impedissem a livre circulação de pessoas na Avenida Beira-Mar", diz trecho da nota.

As cenas de guerra nas proximidades do Palácio dos Leões ocorreram após o governo comunista se negar a auxiliar os manifestantes na  intervenção junto à Justiça para a concessão de um terreno na Vila Nestor II, do município de Paço do Lumiar, pertencente a particular.

Sem terem para onde ir devido à notificação expedida pela Justiça para desocuparem a área do bairro, os moradores resolveram interditar parte da via para chamar a atenção da população e do poder público para a solução do problema. Apesar da manifestação ser toda de ordem pacífica, Dino convocou o Choque para dispersar homens, mulheres e crianças por meio da força bruta.

As cenas lamentáveis, onde até um bebê de colo sofreu ataques de bombas de efeito moral e spray de pimenta lacrimogêneo, foram registradas por dezenas de populares que estavam no local e reprovaram a ação de opressão por parte do governo que, por meio do braço armado do Estado, em menos de um ano, já repete a mesma violência implantada durante os 50 anos do regime anterior.

Flávio Dino recebe manifestantes com bombas de efeito moral e spray de pimenta
Política

Manifestantes cobram do governador uma posição favorável a eles sobre a reintegração de posse no município

Foi num duro e violento golpe ao que ainda restava de esperança na população maranhense que o governador Flávio Dino, do PCdoB, mostrou mais uma vez, em menos de um ano, a sua verdadeira faceta ao receber com a tropa de Choque da Polícia Militar do Maranhão moradores da Vila Nestor, de Paço do Lumiar, a 26 quilômetros de São Luís, que em ato pacífico tentavam dialogar com o Executivo estadual sobre a reintegração de posse no município.

No governo Flávio Dino, com menos de um ano de mandato, a polícia age é assim…
De Jesus/O Estado A esperança virou medo No governo Flávio Dino, com menos de um ano de mandato, a polícia age é assim…

Após se reunirem durante toda a manhã e parte da parte, desta quinta-feira (6), debaixo do sol escaldante da parte frontal do impotente Palácio dos Leões, à espera de uma resposta por parte do governador sobre o caso, os manifestantes foram complemente ignorados, o que motivou o bloqueio parcial da Avenida Beira-Mar, na altura da rampa de acesso ao Palácio dos Leões, como forma de chamar a atenção do poder público estadual para a solução do problema.

Comunista, Dino não pensou duas vezes e ordenou que o Choque partisse pra cima dos manifestantes, com bombas de efeito moral e spray de pimenta lacrimogêneo.

Quem esteve no local, a exemplo do repórter fotográfico De Jesus, de O Estado, pode presenciar uma triste cena de guerra entre pessoas pobres que não tem onde morar e o braço armado e opressor do Estado.

Em apenas sete meses e seis dias de proclamação da República do Maranhão, o que já foi esperança, hoje passou a ser conhecido como medo.

Mais opressão comunismo

Dado ainda estarrecedor para alguns, esta não é a primeira vez em que o governador Flávio Dino usou a PM para oprimir manifestações.

Na primeira semana do mês de julho, Dino já havia chamado a polícia para proibir que manifestantes indígenas pudessem se aproximar do Palácio dos Leões. Grades foram fincadas, e camburões e homens do Choque foram convocados e ordenados para formarem um cordão de isolamento em toda a quadra do Palácio.

Já no final de março, um dia depois do comunista substituir os nomes de escolas que homenageavam responsáveis por crimes de tortura durante o regime ditatorial por de educadores e pessoas da comunidade, durante protestos em São Luís contra o aumento da tarifa dos coletivos, a mesma polícia foi chamada para acabar com a manifestação.

No início da noite daquele dia, por acreditarem que no novo regime a população teria direito à livre manifestação em busca de seus direitos, vários estudantes foram presos e espancados pela polícia.

Após homem ser deixado nu por assaltantes, PM reforça segurança no Espigão
Maranhão

Outros pontos turísticos de São Luis também receberam reforça na segurança, que deve durar até o próximo dia 31

Um mês após dois jovens em uma bicicleta assaltarem e levarem até as roupas de um homem enquanto ele fazia exercícios na área do Espigão da Ponta d’Areia, o Governo do Maranhão resolveu tomar uma ação para combater a criminalidade na região. Infelizmente, durante um curto período de tempo.

Policiais e viaturas que serão usadas no trabalho na Avenida Litorânea
Divulgação Férias Policiais e viaturas que serão usadas no trabalho na Avenida Litorânea

Durante o mês de julho, período de férias, como a capital do estado recebe um número maior de turistas, a Companhia de Policiamento de Turismo (CpTur) deflagrou a Operação Férias, iniciada na última sexta-feira (3). Além do Espigão e da Península da Ponta D'Areia, as ações de patrulhamento reforçado - que devem durar até o final do mês - compreendem ainda as áreas do Centro Histórico, Lago da Jansen e Litorânea. Cerca de 150 homens estão sendo empregados na operação.

As equipes atuarão nas modalidades de policiamento a pé, motorizados e por viaturas. Para as praias, o comando da CpTur destinou motocicletas que farão o patrulhamento em toda a orla. Além delas, viaturas do Ronda da Comunidade também realizarão diligências a fim de evitar que frequentadores dos locais turísticos e ludovicenses sejam vítimas de algum delito.

Apesar da demora e do reforço ser somente no período de férias, a ação da Polícia Militar marca ponto com a população, principalmente com as famílias que procuram os pontos turísticos de São Luis para se divertir.

Mulher está presa há quase um mês em ala masculina do Comando Geral da PM-MA
Política

Além de grave violação aos direitos humanos por estar em cela reservada para homens, Joselina Cunha já deveria estar solta desde o início desta semana

O Comando Geral da Polícia Militar do Maranhão mantém em suas dependências, na ala masculina do presídio conhecido como Manelão, uma ré primária identificada pelo Atual7 como Joselina de Sousa Cunha.

 Joselina Cunha, quando de sua prisão; mantida em cela masculina no presídio do quartel da PM-MA
Divulgação Violação aos Direitos Humanos Joselina Cunha, quando de sua prisão; mantida em cela masculina no presídio do quartel da PM-MA

Presa há quase um mês por crime de denunciação caluniosa, supostamente praticada contra Dayvid Anderson Vilanova dos Santos, além de estar em uma ala masculina, ela já deveria estar solta desde a segunda-feira (22), quando foi expedido um alvará de soltura em seu favor.

Há suspeitas de que ela sofra de problemas mentais.

Na época de sua prisão, jornais e sites locais chegaram a publicar a falsa informação que ela foi detida porque seria irmã de um traficante da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), e que estaria fazendo o Curso de Formação de Praças, mesmo sem ter passado do último concurso da Polícia Militar.

O Atual7 apurou que, mesmo não respondendo a outros processos criminais, e não tendo sofrido qualquer oferecimento de denúncia, Joselina Cunha teve sua prisão cautelar transformada em prisão preventiva, poucos dias após ser presa.

Ainda não há informações se, durante esse tempo, por estar numa ala reservada para homens, ela está ou ficou acompanhada na mesma cela com outros presos, o que agravaria ainda mais a já violação aos direitos humanos.

Por telefone, o Atual7 tentou contato com o comandante-geral da PM-MA, Coronel Alves, mas todas as chamadas efetuadas caíram direto na caixa-postal. A reportagem também entrou em contato com o advogado Diogo Cabral, membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MA e da Sociedade Maranhense de Defesa dos Direitos Humanos (SMDH).

Além de confirmar a grave violação aos direitos humanos com a detenção de Joselina em uma ala do Manelão reservada para homens, ele afirmou que o caso será apurado de perto pela CDH da OAB-MA e pela SMDH.

Detido pede desculpas ao 9º Batalhão da PM-MA após fazer selfie exaltando o Bonde dos 40
Maranhão

Esse é o segundo vídeo enviado por WhatsApp ao Atual7 em suspeitos detidos têm sido obrigados a exaltar a atuação da briosa

Detido pede desculpas ao 9° Batalhão da PM-MA após fazer selfie, em frente a viatura, exaltando o Bonde dos 40.

Posted by Atual7 on Segunda, 22 de junho de 2015

Em uma gravação que parece ter sido feita dentro de uma delegacia, um homem aparece pedindo desculpas a todo o 9º Batalhão da PM - comandado pelo tenente-coronel Flávio Augusto Leite Bayma do Lago -, após ter feito um selfie fazendo alusão à facção criminosa Bonde dos 40, em frente a uma viatura policial.

"Primeiramente eu tô vindo aqui pedir desculpas pelo o que eu fiz. Me desculpa todos os policiais. Tirei uma foto do Bonde dos 40, em frente a viatura. Tô vindo aqui pedir perdão, publicamente. Perdão a todos os policiais do 9º Batalhão. O 9º Batalhão se respeita. Polícia se respeita. Não faça mais isso, não", diz.

Esse é o segundo vídeo enviado por WhatsApp ao Atual7 em suspeitos detidos têm sido obrigados a exaltar a atuação da Polícia Militar do Maranhão, diante das câmeras de celulares.

Rap do Choque

Na manhã desta segunda-feira (22), o Atual7 já havia postado um outro vídeo, em que dois jovens, aparentando cerca de 20 anos, são colocados em um muro e obrigados a cantar um rap em exaltação a ocupação de homens da briosa na região do Coroadinho, um dos bairros mais violentos da capital.

Enquanto se ouve dois homens ao fundo fazendo um som de "mixagem", um primeiro jovem, de camisa vermelha, inicia a música: "Pra pacificar o Coroadinho tem morte. Aqui quem manda é o Choque".

Aos 18 segundos do vídeo, um outro jovem, de camisa listrada, aparece abraçando o primeiro, que emenda: "Escuta ai, no que eu vou te dizer, os cara do Choque são o poder".

O rap continua: "Se liga meu parceiro, que nós tá bolado, aqui no Coroadinho, tá tudo pacificado", e continua, após um homem comentar que estava "bom": "Eles que encomendaram, tá ligado que é nós".

O vídeo termina com o primeiro jovem chorando após se identificar como "MC Dog", e um dos homens voltar a comentar: "muito bom, muito bom".