Cricielle Muniz
Ala do PT ligada a Washington Oliveira tenta viabilizar Cricielle Muniz para vice de Carlos Brandão
Política

Desconfiança de Flávio Dino é principal obstáculo para formação da chapa. Governador teme que tomada do poder pelo PT sabote seu plano de tentar retornar ao Palácio dos Leões

Um costura entre a ala do PT no Maranhão ligada ao presidente do TCE (Tribunal de Contas do Estado), Joaquim Washington Luiz Oliveira, tenta viabilizar a secretaria adjunta de Governo Cricielle Muniz como companheira de chapa de Carlos Brandão (PSDB) na disputa ao Palácio dos Leões em 2022.

As conversas, que já ocorrem há um certo tempo, se intensificaram após o secretário Felipe Camarão (Educação) voltar a se comprometer em cumprir acordo fechado com a corrente CNB (Construindo um Novo Brasil) para entrada no partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de concorrer à Câmara dos Deputados.

O principal obstáculo para a formação da chapa tem sido a desconfiança do governador Flávio Dino (PSB).

Brandão assumirá o governo do Estado a partir de abril, para concorrer à reeleição. Se escolhido pelo eleitor maranhense em outubro para permanecer no Executivo, o tucano teria obrigatoriamente a petista como sucessora –mesma situação experimentada atualmente por Dino, que não pode escolher outra pessoa para a vice, como planejava.

Segundo interlocutores, Dino teme que, ao tomar o Poder, o PT se movimente e sabote com candidatura própria seu plano de tentar retornar ao Palácio dos Leões, já que o partido estaria no controle dos cofres da máquina administrativa.

A última vez em que o PT ocupou a vice foi no último governo de Roseana Sarney (MDB), entre 2011 e 2014, quando o detentor era o próprio Washington Oliveira. À época, Roseana chegou a intentar concorrer ao Senado, mas para isso teria de deixar o petista no comando do Estado ao se desincompatibilizar do cargo. Para para se defender do xeque-mate de entregar o Executivo estadual para o PT, viabilizou a vaga vitalícia no TCE-MA para Macaxeira, como era popularmente conhecido o hoje conselheiro nos tempos de vida pública petista.

Embora formalmente desligado do partido e legalmente proibido de exercer ligações político-partidárias, Washington Oliveira ainda é considerado uma das lideranças petistas no estado e na CNB, tendência majoritária no PT, que tem Lula e a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, como representantes.

No Maranhão, integram a corrente o atual presidente estadual do partido, Francimar Melo e o deputado estadual Zé Inácio.

Cricielle retira pré-candidatura a prefeita: ‘PT caminha para uma aliança com o PCdoB’
Política

Ela vai disputar agora uma vaga na Câmara de Vereadores

A bacharela em Direito e membro do Diretório Nacional do PT, Cricielle Muniz, anunciou no Twitter, nesta quarta-feira 19, a retirada de sua pré-candidatura à Prefeitura de São Luís. Segundo ela, o partido deve mesmo fechar com o PCdoB, que tem como pré-candidato Rubens Pereira Júnior.

“Gente, recebemos apoio de milhares de pessoas que acreditam que mulheres negras periféricas podem fazer a diferença, por uma São Luís menos desigual. Defendemos a candidatura própria, mas o PT caminha p/ uma aliança com o PC do B”, escreveu.

Apesar de estar fora da disputa pelo Palácio de La Ravardière, a petista garante que ainda pretende ter o nome nas urnas em 2020, mas agora para a Câmara de Vereadores.

“Nosso projeto será como pré-candidata a vereadora”, disse.

Pré-candidatos à Prefeitura de São Luís comentam operação da PF contra a gestão Edivaldo Júnior
Política

Deflagrada pela PF e CGU, Operação Cobiça Fatal prendeu três e fez buscas na Semus por suposto desvio de R$ 2,3 milhões da verba para combate à Covid-19

Pré-candidatos aliados e de oposição ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) comentaram, em resposta à solicitação feita pelo ATUAL7, sobre a deflagração da Operação Cobiça Fatal pela Polícia Federal e CGU (Controladoria-Geral da União), nesta terça-feira 9. Três empresários foram presos temporariamente e houve busca e apreensão na sede e galpão da Semus (Secretaria Municipal de Saúde), por suposta fraude, superfaturamento e desvio de R$ 2,3 milhões da verba para combate à Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

Nem todos os postulantes ao Palácio de La Ravardière já retornaram a tentativa de contato.

Alguns aliados tentaram por dúvida à operação ou relativizaram o combate à corrupção, provavelmente para não atrapalhar futuras costuras partidárias no pleito deste ano, quando Edivaldo Júnior deixa a prefeitura. Outros, porém, foram favoráveis e até mais incisivos que pré-candidatos de oposição ao pedetista.

Até o momento, não se manifestaram a respeito os pré-candidatos Bira do Pindaré (PSDB), Detinha (PL), Neto Evangelista (DEM), Zé Inácio (PT) e Rubens Pereira Júnior (PCdoB). Abaixo, por ordem alfabética, segue o posicionamento dos pré-candidatos que responderam a solicitação do ATUAL7:

Adriano Sarney

Lamentável que suspeitas de corrupção continuem acontecendo mesmo durante a maior crise de saúde, econômica e social que São Luis está passando. É preciso investigar para assim punir os possíveis responsáveis.

Carlos Madeira

Sem conhecer os fatos em sua plenitude, e assim apenas aqueles registrados pelos meios de comunicação no dia de hoje, minha posição é no sentido de serem feitas, respeitadas as garantias constitucionais da presunção de inocência, da ampla defesa e do contraditório, investigações amplas e eficientes, identificando-se os autores dos possíveis crimes.

Se os fatos se confirmarem, ou seja, se realmente o que a imprensa registra for verdadeiro, estaremos diante de um crime hediondo. Exige-se, neste momento, o cumprimento do princípio constitucional da publicidade; a Administração tem o dever de oferecer esclarecimentos sobre todos os fatos objeto da atuação da Justiça Federal, sob pena de as dúvidas serem interpretadas em favor da sociedade.

Cricielle Muniz

Acredito que o combate à corrupção não pode sair da pauta da esquerda, e que a investigação aconteça dentro dos parâmetros da lei.

O combate à corrupção sempre foi uma luta do PT, que deu autonomia às instituições e investigações, de acordo com o próprio ex-ministro Moro.

O que temos que ter cuidado é com a utilização da lei, e dos instrumentos coercitivos do Estado para fins políticos, isso na literatura jurídica contemporânea se chama "Lawfare", como ocorreu na Lava Jato, com conduções coercitivas filmadas ao vivo , depoimentos vazados para jornais etc. Atropelaram o processo penal transformando num circo midiático, com nulidades e abusos.

Já sabemos da polêmica envolvendo a troca de comando da Polícia Federal, sobre como de acordo com o ex-ministro Moro, o Presidente queria interferir na PF para proteger seus amigos e familiares.

Então, entendo que o processo de investigação seja cumprido dentro dos parâmetros legais, com direito ao contraditório e ampla defesa, produção de provas, para se ter um combate real a corrupção, sem fins políticos por trás.

Duarte Júnior

Mais do que nunca, precisamos da adequada e correta aplicação dos recursos públicos. Apoio todas as medidas de combate à corrupção em prol do cumprimento das leis em nosso país.

Espero que essa situação seja imediatamente esclarecida e os direitos sejam garantidos.

Eduardo Braide

É inacreditável! O que mais precisamos agora é a correta aplicação dos recursos da saúde. Que os fatos sejam devidamente apurados e os responsáveis punidos.

Franklin Douglas

Deve ser garantida a total transparência à investigação. Defendo que tudo seja apurado e, caso confirmadas as irregularidades, que sejam punidos os responsáveis. Espero que a CGU e a PF estejam agindo republicanamente e não por aparelhamento ideológico. A corrupção é nefasta. Desviar dinheiro público de recurso destinado a combater a pandemia é inaceitável!

Jeisael Marx

As suspeitas são graves. Meter a mão no dinheiro público merece punição dura em qualquer tempo; mas tirar proveito da pandemia para fazer isso, além de crime é canalhice no mais alto grau, completa falta de humanidade. Se isso aconteceu em São Luís, os responsáveis devem ir pra cadeia. E enquanto isso é investigado, é dever moral do secretário de Saúde do Município pedir afastamento. Se não pedir, é obrigação do prefeito afastá-lo. Se não afastá-lo, é covarde.

Saulo Arcângeli

Nós já havíamos colocado nas redes sociais a necessidade de uma atuação mais forte, pois, infelizmente, o dinheiro público, nestes momento de calamidades, que tem dispensa [de licitação, acaba tendo desvios. Então, é importante todo esse processo de investigação ainda estar em aberto. Não podemos dizer os reais culpados, tem umas pessoas presas da própria empresa, mas precisa também fazer uma investigação sobre toda a administração [de Edivaldo Júnior]. Tem de ir a fundo, inclusive de improbidade administrativa dos envolvidos.

Wellington do Curso

Externo aqui o meu respeito a essa operação deflagrada pela PF que busca apurar o esquema de fraude na compra de máscaras cirúrgicas na Semus, por parte da Prefeitura de São Luís. Como deputado estadual, sou o único parlamentar que tem feito inúmeras denúncias e representações, inclusive, na própria Polícia Federal.

Na Prefeitura de São Luís, a corrupção domina e não é de hoje. Tudo isso feito, inclusive, com o aval do governador Flávio Dino, que se diz aliado do atual prefeito. Espero que as investigações prossigam e que todos os envolvidos sejam punidos. É enojante ver que, em meio a tantas mortes, ainda há quem desvie os recursos que deveriam ser usados na saúde.

Enquanto faltam EPI’s para profissionais da saúde do SAMU e em hospitais, corruptos se apropriam dos recursos públicos. É por isso que aqui no Maranhão a nossa saúde segue, desde antes da pandemia, na UTI. Esperamos que um dia essa realidade mude. Os recursos existem; o que não há é caráter suficiente nos gestores atuais do nosso Maranhão.

Yglésio Moyses

Fiquei sabendo há pouco do ocorrido e não tive acesso aos autos processuais até o momento. Acredito que a Polícia Federal precisa apurar meticulosamente tudo que aconteceu. Numa democracia, vale, no primeiro momento, a presunção de inocência, princípio constitucional de não considerar quem quer que seja culpado até a conclusão do procedimento, portanto as denúncias precisam ser devidamente esclarecidas e eventuais culpados responsabilizados.

PM do MA impede fixação de faixas pró-democracia e contra Bolsonaro
Cotidiano

Abordagem dos policiais foi divulgada por Cricielle Muniz, pré-candidata do PT à Prefeitura de São Luís

A Polícia Militar do Maranhão impediu que manifestantes fixassem faixas pró-democracia e contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), em pontos públicos de São Luís. As que já haviam sido colocadas, tiveram de ser retiradas.

A abordagem ocorreu na madrugada dessa quinta-feira 4, segundo a pré-candidata do PT à Prefeitura de São Luís, Cricielle Muniz, uma das participantes do ato. Ela diz que foi coagida pelos policiais.

“Fizemos nosso ato pela democracia, colocando as nossas faixas, e a polícia simplesmente retirou as nossas faixas. Estamos nos manifestando pela democracia e contra esse governo genocida, que tira a vida da população negra, sobretudo das pessoas mais vulneráveis, que passam por um momento muito delicado com a pandemia do coronavírus”, destacou, em vídeo postado no Twitter.

Ainda na rede social, Cricielle sugeriu que PM do Maranhão estaria alinhada ao projeto de poder de Bolsonaro.

“Não aceitaremos esse tipo censura! Não seremos silenciados/as! Não somos criminosos, apenas fomos defender a nossa democracia que está sendo ataca diariamente por esse governo genocida. A polícia bolsonarista não nos intimidará!”, publicou.

https://twitter.com/CriciellePT/status/1268545359330017280
Com Cricielle Muniz, São Luís pode ter duas mulheres disputando a prefeitura
Política

Bacharela em Direito integra o Diretório Nacional do PT. Detinha, do PL, já confirmou pré-candidatura

Embora ainda majoritariamente composta por homens, a disputa pela prefeitura de São Luís em 2020 pode ter duas mulheres como opção de voto.

Há cerca de uma semana, a bacharela em Direito Cricielle Muniz, membro do Diretório Nacional do PT, colocou o nome à disposição do partido, que decidiu ter candidatura própria na capital.

Feminista, ela concorre internamente pela unção da legenda contra quatro homens: o deputado federal Zé Carlos, o deputado estadual Zé Inácio, o presidente da MOB (Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos) Lawrence Melo e o vereador de São Luís Honorato Fernandes.

Antes na petista, confirmou pré-candidatura a deputada estadual Detinha (PL). Ela foi prefeita de Centro do Guilherme, entre 2009 a 2016.

Os demais pré-candidatos a prefeito de São Luís, todos homens, são: Yglésio Moyses (Pros), Neto Evangelista (DEM), Wellington do Curso (PSDB), Adriano Sarney (PV), Duarte Júnior (Republicanos), Bira do Pindaré (PSB), Eduardo Braide (Podemos), Franklin Douglas (PSOL), Carlos Madeira (SD), Jeisael Marx (Rede) e Rubens Júnior (PCdoB).