Falastrão diante da tela do computador, o secretário de Articulação Política e Assuntos Federativos, Márcio Jerry Barroso, tremeu na base e fugiu de reportagem do Estadão, nesta segunda-feira 21, que o procurou para comentar sobre os ataques verbais do suplente de deputado estadual no exercício do mandato, Fernando Furtado, a indígenas da terra Awá-Guajá. Além de Jerry, o secretário de Direitos Humanos e Participação Popular, Francisco Gonçalves, também esquivou-se da reportagem.
“O secretário de Direitos Humanos, Francisco Gonçalves (PT) e o presidente do PCdoB no Maranhão, Márcio Jerry, foram procurados, porém ambos não responderam ao contato”, diz trecho da reportagem sobre o caso.
No que diz respeito a Jerry, a fuga deve estar ligada a trecho da matéria em que o Estadão lembra que o auxiliar do governador do Maranhão também já protagonizou ataques a índios, no caso Guajajaras, quando chamou um grupo de indígenas que fazia uma greve de fome na Assembleia Legislativa de ‘propineiros’.
O caso, na época, foi abafado pelo governo após pedido de exoneração feito assessora especial do governador, Simone Limeira, acusada de ter cobrado dinheiro para liberação de transporte para educação indígena, e que até hoje não conseguiu se explicar.
Mesmo com repercussão negativa do novo ataque a índios por um membro do governo e do PCdoB, a legenda no Maranhão adotou a mesma estratégia de abafar as agressões, limitando-se a apenas emitir uma nota em que diz condenar a “equivocada manifestação individual” de Fernando Furtado, mas silenciando sobre o fato do parlamentar estar representando o governador no evento e na data dos impropérios, bem como esquivando-se de expulsá-lo de seus quadros.
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