Recordar é viver. E no caso do deputado federal Rubens Pereira Júnior, do PCdoB, mesmo partido do governador Flávio Dino, recordar é conscientizar os servidores públicos estaduais sobre quem era o parlamentar, quando oposição, e quem o parlamentar é agora, como governo.
Postagem feita pela própria assessoria do deputado, em maio de 2013, no portal comunista Vermelho, mostra que Rubens Júnior, diferente do silêncio serviçal de hoje, era completamente a favor do reajuste salarial igual para todos os servidores públicos do estado. Na época, para o comunista, reajustar o salário de todos os servidores em 30% significava validar a Lei de Revisão Geral de Vencimentos, que por força do princípio constitucional da Isonomia não pode ter índices diferenciados – acesse aqui antes que o link seja excluído.
“As leis que tratam de aumentos remuneratórios e revisão de vencimentos devem ser específicas, não pode ser uma lei mista. Queremos que o TJ dê a interpretação de acordo com a Constituição para garantir aos servidores o que lhes é assegurado por direito”, chegou a dizer Júnior da tribuna da Assembleia Legislativa, em defesa da implantação do reajuste de 21,7% aos servidores do Legislativo, Executivo e Judiciário que conquistaram o acréscimo de apenas 8,3% no contracheque.
O deputado Rubens Pereira Júnior, aliás, sabia muito bem do que falava e tinha autoridade para defender o respeito por parte do governo estadual ao princípio constitucional da isonomia, pois até pouco tempo atrás era lotado como Analista Judiciário no Tribunal de Justiça do Maranhão, cargo beneficiado com o reajuste dos 21,7% no vencimento base desde 2006.
Recordar é viver. E quem apanha ou é traído nunca esquece, deputado.
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