O secretário de Estado da Cultura, Felipe Camarão, terá de jogar fora a sua trajetória de competência na gestão pública e se transformar na nova rainha da Inglaterra se aceitar o convite feito pelo governador Flávio Dino (PCdoB) de ir para a chefia da Casa Civil em substituição ao ainda titular da pasta, Marcelo Tavares – que ocupará a presidência da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), em substituição a Ted Lago, que será diretor financeiro do órgão.
Apesar de ser mais próxima do governador que a Cultura – e a Gestão e Previdência (Segep) –, desde o início do governo comunista, a Casa Civil perdeu autonomia política, administrativa e financeira ao ser continuamente esvaziada pela Secretaria de Assuntos Políticos e Federativos e pela chefia de Gabinete do Governador, respectivamente comandadas por Márcio Jerry e sua esposa, Joslene Rodrigues, a Lene.
Para Jerry, Flávio Dino remanejou dezenas de dezenas de cargos e grande parte da verba antes sob responsabilidade de Tavares. Para Lene, deu o poder de comandar as licitações e gastos de seu gabinete, como a do aluguel de aeronaves e a do fornecimento de comida para as geladeiras do Palácio dos Leões, antes também sob total e histórica responsabilidade da Casa Civil.
Nem mesmo a presença de Tavares em eventos e reuniões de competência da Casa Civil foi permitida ao longo de 2015. Nas poucas vezes em que ele participou, Jerry também estava lá, inclusive usurpando-lhe o uso da palavra e, por várias vezes, até da caneta – como ocorreu logo no início do governo, quando da posse dos secretários.
Será sob essa subserviência que Felipe Camarão, tido com o melhor quadro técnico do governo, se aceitar o convite feito por Flávio Dino, comandará a Casa Civil.
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