Sebastião Uchôa cobra acompanhamento da Adepol em remoções de delegados
Política

Sebastião Uchôa cobra acompanhamento da Adepol em remoções de delegados

Caso do delegado Alex Aragão foi tomado como um dos exemplos. Em depressão devido a transferência de Coroatá para São Raimundo das Mangabeiras, ele atirou contra a própria boca

O delegado Sebastião Uchôa, titular da 6º Distrito Policial, na Cohab, em São Luís, protocolou requerimento junto à Associação dos Delegados da Polícia Civil (Adepol) do Maranhão, no final da manhã desta segunda-feira 11, solicitando providências da entidade no acompanhamento de remoção de policiais civis, especialmente de delegados de polícia do Maranhão.

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No documento, feito um dia após a descoberta do corpo do delegado Alex Aragão na cidade de Teresina, no Piauí, Uchôa pede para que seja considerado o fato ocorrido com Aragão que, segundo ele, teve remoção aparentemente "não tão diferente de outros casos que, sem justificativa plausível, vem sendo removidos ao arrepio da lei". Transferido no ano passado do município de Coroatá para São Raimundo das Mangabeiras, Alex Aragão atirou contra a própria boca, segundo se compreende de relatos que vinha mantendo com amigos mais próximos, devido a problemas de forte depressão enfrentados desde a remoção, que considerava arbitrária.

Além do ocorrido com o ex-delegado de Coroatá, Uchôa também tomou como exemplo para as solicitações à Adepol-MA casos ocorridos recentemente contra ele próprio e contra o delegado Gustavo Machado.

"A situação é tão grave e preocupante que temos como exemplo não tão distante, como a remoção deste subscritor e do colega Gustavo Machado da Delegacia Especializada de Meio Ambiente, onde até a presente data não apresentaram motivação para o ato administrativo, senão o vago uso da do instituto da 'discricionariedade', para encobrirem, possivelmente, outra intenção  da administração do Sistema de Segurança Pública na presente gestão governamental", denunciou.

Carta

Em contato com o Atual7 no final da noite de ontem 10, o presidente da Adepol-MA, delegado Marconi Lima, confirmou a existência da carta deixada por Alex Aragão, mas disse que ainda não conhecia o conteúdo do documento.

"Os delegados do Piaui me confirmaram a existência da carta, mas o teor pretendo ter acesso quando os familiares me entregarem", disse.

No início da tarde de hoje, em novo contato, Marconi Lima explicou que passou o dia todo envolvido com o velório e atendendo a pedidos dos familiares, e que retornará a Teresina somente à noite, onde pretende ir à delegacia de homicídios da cidade, já que a carta se encontra de posse da polícia, que investiga o caso.

Há relatos de que, no carta, Alex Aragão teria feito duras críticas à atua gestão da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e ao comando da Polícia Civil do Maranhão.



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