“Edital do concurso não previa questões inéditas”, diz Rodrigo Lago sobre plágios
Política

“Edital do concurso não previa questões inéditas”, diz Rodrigo Lago sobre plágios

Declaração foi repercutida pelo governador Flávio Dino. Secretário de Transparência disse ainda que a comprovação do plágio não é motivo para anulação do certame

O secretário de Transparência e Controle do Maranhão, Rodrigo Lago, desdenhou, nesta sexta-feira 12, da denúncia de que houve plágio em dezenas de questões do concurso público para professor da rede estadual de ensino, realizado em dezembro do ano passado pela Fundação Sousândrade de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Federal do Maranhão (FSADU).

Por meio do Twitter, Lago informou que esteve mais cedo no Ministério Público estadual para tratar do certame, alvo de investigação por parte do órgão justamente pelas questões de plágio, já identificados pelo próprio MP-MA em total de 25, após levantamento minucioso. Além do secretário de Transparência, também estiveram presentes o secretário da chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares; o procurador-geral do Estado, Rodrigo Maia Rocha; a secretária de Estado de Gestão e Previdência, Lilian Régia Gonçalves Guimarães; e membros da Sousândrade.

– Junto com os secretários da Casa Civil, SEGEP, PGE e fundação organizadora, estivemos no MP para tratar do concurso para professor do MA. Vários pontos que foram "denunciados" ao MP/MA sobre o concurso para professores do MA foram corretamente afastados pelos promotores. Agora, somente em análise pelo MP/MA a alegada similitude de questões do concurso para professor do MA com questões de outros concursos. Mas o edital do concurso não previa questões inéditas, não houve prejuízo à isonomia, nem há nulidade ou qualquer mácula ao resultado – disse.

De acordo com o secretário, ainda que fique comprovado que a Fundação Sousândrade tenha realmente plagiado as questões, isso não seria motivo para a anulação do concurso. Rodrigo Lago disse ainda que o certame, que teve mais de 80 mil inscritos para as 1.500 vagas, foi realizado com total lisura e impessoalidade.

– Ou seja, mesmo que houvesse alguma questão similar a aplicada em outro concurso, isso não seria motivo de nulidade da questão. O concurso para professor do Governo do Maranhão tem mais de 80 mil candidatos, realizado com a lisura e impessoalidade próprias da meritocracia – declarou.

As publicações foram repercutidas pelo secretário de Comunicação e Assuntos Políticos, Márcio Jerry Barroso, e, logo em seguida, prontamente pelo governador Flávio Dino (PCdoB), que até então não havia esboçado qualquer manifestação sobre a polêmica.

Abaixo, a sequência dos tweets de Rodrigo Lago:



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