Quatro dias após o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) assinar decreto concedendo aumento de 11,8% no preço das tarifas dos ônibus que circulam na capital, o diretor da Gerência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) do Maranhão, Duarte Júnior, não deu qualquer declaração contrária ao ato abusivo e ilegal, mesmo diante da revolta da população e das manifestações de estudantes.
E nem vai.
Diferente do que ocorreu no ano passado, quando o diretor do Procon-MA notificou a SMTT (Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte) e o SET (Sindicato das das Empresas de Transportes de Passageiros de São Luís) contra o reajuste de 16% implantado por Edivaldo, o aumento da passagem dos coletivos não ocorreu apenas no transporte público de responsabilidade da Prefeitura de São Luís. Na quarta-feira 23, o recém-implantado Expresso Metropolitano, de responsabilidade do governo Flávio Dino, também sofreu aumento da tarifa, pulando de R$ 2,80 para R$ 3,10.
Duarte Júnior, então, se recolheu e calou-se.
Nenhuma manifestação nas redes sociais, nenhuma release rápida informando sobre alguma solicitação das justificativas para os aumentos, nenhum compartilhamento sobre os direitos dos consumidores nos grupos de WhatsApp e muito menos uma ação determinando a redução dos preços em 24 horas, como ocorreu no ano passado, quando somente a prefeitura aumentou as passagens.
Visivelmente constrangido pelo patrão, até mesmo quando questionado pelo Atual7 sobre o silêncio tumular, a única declaração arrancada foi tímida. Segundo o diretor do Procon-MA, o órgão “está analisando todas as justificativas para tal aumento”, e completa: “Sem essa análise técnica, toda e qualquer ação seria precipitada”.
Como, porém, não foi informado quando a manifestação “base no ordenamento jurídico pátrio” será externada, quem acredita que Duarte Júnior irá contrariar Flávio Dino?
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