O ex-senador José Sarney (PMDB) e a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) são citados na lista apreendida na residência do presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva Junior, o BJ. O material foi coletado pela Polícia Federal durante as investigações da 23ª fase da Operação Lava Jato.
Roseana é citada como beneficiária de pagamentos da ordem de R$ 540 mil, ocorridos no dia 14 de setembro de 2010, durante a campanha eleitoral. A Lava Jato não confirma se os repasses ocorreram de forma ilegal, mas na prestação de contas eleitorais da ex-governadora não estão listadas transferências desses valor no dia 14 de setembro. Nem mesmo por meio do comitê financeiro único ou do diretório nacional do PMDB. Mas os policiais não descartam a possibilidade de que os valores possam ter sido passados de forma fracionada aos políticos.
O ex-presidente também é apontado como beneficiário de repasses da Odebrecht, no valor de R$ 100 mil. Para Sarney, que é identificado com “escritor”, a transferência teria ocorrido em São Luís. A data do possível repasse não é apontada pela planilha da empreiteira.
Durante a 23ª fase, os policiais da Lava Jato descobriram um esquema paralelo de repasses de propina a diversos políticos. Na documentação apreendida, são citados pelo menos 200 políticos entre os quais o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Nem mesmo políticos conhecidos por discurso pela moralidade escaparam da lista, como a ex-deputada federal Manuela D’Ávila (RS) e a ex-candidata à prefeitura de São Paulo, Soninha Francine (PPS). Também são citados como beneficiários os senadores Aécio Neves (PSDB) e José Serra (PSDB). As planilhas fazem referência basicamente às eleições de 2010, 2012 e 2014.
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