Menos de um mês depois de aproveitar o feriadão da Semana Santa para aumentar a passagem do Expresso Metropolitano em cartel com a Prefeitura de São Luís, o governador Flávio Dino (PCdoB) aproveitou a atenção da população para o impeachment da presidente Dilma Rousseff e promoveu um novo aumento de tarifa de ônibus, desta vez do transporte rodoviário estadual.
Por meio da Portaria n.º 056/2016, Dino aumentou a passagem de todas as empresas que operam no sistema de transporte rodoviário no Maranhão, em 15%, independente do tipo de serviço oferecido pelos empresários. Com isso, os 15% de aumento vale para qualquer tipo de veículo, seja o ônibus convencional, sem sanitário e sem ar-condicionado; o executivo, com sistema de som e vídeo e refrigerado; ou com poltronas tipo leito, os mais confortáveis de todos, com inclinação mínima quatro estágios, cobertores individuais e fileiras de até três assentos.
Um dado curioso aponta para nova artimanha do governador para pegar a população despercebida e aplicar o golpe: o documento que reajustou as tarifas foi assinado presidente da Agência Estadual de Transporte e Mobilidade Urbana (MOB), José Artur Cabral Marques, desde a quarta-feira passada 13, mas publicado no Diário Oficial do Maranhão somente na sexta-feira 15, quando a população estava toda voltada para a troca de votos do vice-presidente da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP), após conversa de pé de ouvido com o comunista e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O novo preço da passagem passou a vigorar desde as zero hora dessa segunda-feira 18, quando a população ainda discutia a decisão da Câmara e e os votos da bancada maranhense.
Por mais esdruxulo que possa parecer, assim como quando aumentou a tarifa do Expresso Metropolitano, o governo Flávio Dino justifica no documento que o reajuste ocorreu visando “a devida proteção aos usuários contra abuso de poder econômico”.
Abaixo, a portaria que autorizou o aumento das passagens:
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