A ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) deixou transparecer certa mágoa com a presidente Dilma Rousseff (PT) ao justificar suas articulações nos bastidores pelo impeachment da presidente na Câmara dos Deputados, autorizado no domingo 17. “Ela escolheu o seu lado e portanto me deixou à vontade para eu me posicionar. Além disso, eu prefiro ficar ao lado do povo. Quero o melhor para o Maranhão!”, disse ao Blog do Neto Ferreira.
A justificativa aponta para o fato de Dilma, mesmo com o PT sempre em suas coligações, nunca ter pedido votos para ela, nem ter apoiado a candidatura do suplente de senador Edison Lobão Filho, filho do ex-ministro e senador Edison Lobão (PMDB), que foi capitaneada pelo grupo Sarney. As rugas de Roseana são as mesmas de seu pai, o ex-senador José Sarney (PMDB-AP), que desde o final de 2014 tem se queixado a amigos desse detalhe e atribuído a esse isolamento de Dilma um dos fatores pelos quais perdeu o controle do Palácio dos Leões.
De olho num ministério e articulações para seu retorno ao Governo do Maranhão em 2018, a filha de Sarney aproveitou para massagear o ego do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), que assumirá a Presidência da República caso o Senado Federal decida pelo afastamento definitivo de Dilma. Ela já se refere a ele como presidente.
“Segui a orientação do meu partido o PMDB. Trabalhei porque tenho convicção de que o país vai melhorar. Deus ilumine o presidente para que ele possa fazer nosso povo feliz”, afirmou Roseana.
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