Para Eliziane, decisão de Teori “põe freio” às manobras de Cunha
Política

Para Eliziane, decisão de Teori “põe freio” às manobras de Cunha

Deputada é um dos sete parlamentares que assinaram representação entregue ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot

A deputada federal Eliziane Gama elogiou, nesta quinta-feira 5, decisão do ministro Teori Zavascki de determinar o afastamento de Eduardo Cunha do mandato parlamentar. Para ela, a liminar põe um freio às manobras do peemedebista.

Eliziane é um dos sete parlamentares que assinaram representação entregue, em novembro passado, ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Na oportunidade, os deputados pediram a Janot o afastamento de Cunha.

“A Justiça teve que agir porque a Câmara não o fez. É um freio sobre as artimanhas de Cunha, que manobrou de todas as formas para impedir a tramitação do processo que há contra ele no Conselho de Ética. O presidente da Casa já havia tentado intimidar testemunhas. Aliados seus chegaram a sugerir a convocação de uma advogada cujo cliente era delator do peemedebista”, disse a parlamentar maranhense.

Gama se refere à tentativa de convocação, na CPI da Petrobras, da advogada Beatriz Catapreta, como forma de intimidá-la, já que um dos seus clientes, o lobista Julio Camargo, denunciou o pagamento de propina no valor de US$ 5 milhões ao presidente da Câmara. A deputada era membro, à época, da Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou o escândalo do Petrolão.

Eliziane acrescentou que a liminar de Teori atende plenamente os mandamentos constitucionais e infraconstitucionais.

“O foro adequado para julgar Cunha é o STF. Isto foi feito. A justiça pode, conforme o Código de Processo Penal, suspender do exercício de função pública alguém quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais. E foi o caso do presidente da Câmara”, lembrou a deputada do PPS.



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