Greve: Wellington volta a defender os professores de São Luís
Política

Greve: Wellington volta a defender os professores de São Luís

Servidores estão em greve há 14 dias. Mais de 80 mil alunos estão sem aulas

O deputado Wellington do Curso (PP) voltou a utilizar a tribuna da Assembleia Legislativa do Maranhão,  nesta quinta-feira 9, para cobrar o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PDT), para que direcione atenção aos professores da rede municipal de ensino, que estão em greve há 14 dias. A solicitação do parlamentar vai de encontro às reivindicações dos docentes, dentre elas melhores condições de trabalho, cumprimento do reajuste salarial de 11,36% e, ainda, a garantia da qualidade de ensino público, a fim de que mais de 80 mil alunos não continuem sendo prejudicadas com a paralisação das atividades escolares.

Durante o pronunciamento, Wellington, que é professor, mencionou a necessidade do pedetista dar atenção a educação de forma ampla, tendo em vista que, ao que parece, não há sinalização de acordo para acabar com a greve dos professores, além da precária situação de 69 escolas que necessitam de reforma.

“Hoje, as crianças de São Luís totalizam 14 dias sem aulas. Os professores continuam solicitando ao Prefeito o reajuste salarial de 11,36%, além de reivindicarem melhorias na infraestrutura de escolas e na qualidade de ensino. Ontem, haveria uma audiência de conciliação com a representantes da prefeitura de São Luís, Judiciário e o Sindicato dos Professores. Tal reunião não ocorreu porque a gestão municipal não esteve representada. Há momentos em que o Secretário de Educação pode resolver a problemática, mas há outros em que é necessário que o Chefe do Executivo intervenha e, então, apresente uma solução eficaz. Essa é uma dessas situações. É emergencial. Nossas crianças não podem continuar sendo prejudicadas”, ressaltou o parlamentar.

O deputado do PP mencionou ainda um Termo de Ajustamento de Conduta firmado entre a Prefeitura de São Luís e o Ministério Público, no dia 5 de setembro de 2014, após uma greve que durou 100 dias, e lamentou o não cumprimento do Termo, que fazia previsão de reforma de 54 escolas. Tal situação foi agravada e subiu para 69 o número de escolas que necessitam de reparos, além de 12 desse total que estão fechadas ou abandonadas.

“Em 2014, foi firmado um TAC, no qual a Prefeitura de São Luís comprometia-se em adotar algumas providências a fim de melhorar a educação em São Luís, a exemplo de reforma de escolas e efetivação de vigilância. Dois anos se passaram e nós aqui estamos: diante da paralisação de professores que lutam por melhorias na educação. E pior: estamos diante de consequências negativas... estamos no ápice: estamos com crianças que estão sem assistir às aulas. Não podemos conceber isso com naturalidade. Deixo aqui uma solicitação que não é só do deputado que sempre estudou em escola pública, mas de mães e pais que não tem como pagar escolas para seus filhos e estão desesperados ao verem suas crianças sem poderem estudar”, concluiu Wellington.



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