Por 59 votos a 21, Senado torna Dilma ré no processo de impeachment
Política

Por 59 votos a 21, Senado torna Dilma ré no processo de impeachment

Presidente afastada vai a julgamento em plenário por crime de responsabilidade

Em longa sessão que começou na manhã de terça-feira 9 e se estendeu até a madrugada desta quarta-feira 10, o Senado decidiu tornar a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) ré no processo de impeachment, sob a acusação de ter cometido crime de responsabilidade. O placar foi de 59 votos a favor do início do julgamento e 21 contra - o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), não votou. Eram necessários ao menos 41 votos para que o processo prosseguisse. As informações são do Gazeta do Povo e de Veja.

Dilma é acusada de editar três decretos de créditos suplementares sem aval do Congresso e de usar verba de bancos federais em programas que deveriam ser bancados pelo Tesouro, as chamadas “pedaladas fiscais”.

Até às vésperas da votação, o Planalto, comandado interinamente por Michel Temer (PMDB), trabalhava informalmente com cerca de 60 votos contra Dilma, o que acabou se confirmando. Já a presidente afastada, que contava com apoio de alguns dos indecisos, acabou decepcionada com a confirmação de votos contrários, como os de Cristovam Buarque (PPS-DF) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Atendendo a apelos do Planalto, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) quer dar início à etapa final do julgamento em plenário no dia 25 de agosto. Mas o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, só pretende fazê-lo no dia 29, o que empurraria o afastamento definitivo de Dilma para setembro

Lewandowski também já disse ao presidente da Comissão do Impeachment, Raimundo Lira (PMDB-PB), que não pretende marcar sessões no fim de semana. O Planalto pressiona pela celeridade porque Temer quer viajar para a reunião do G20 na China. no início de setembro, já como presidente da República.



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