A Procuradoria Geral de Justiça (PGJ), chefiada pelo promotor Luiz Gonzaga Martins Coelho, abriu investigação para apurar o envolvimento do presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Humberto Ivar Araújo Coutinho (PDT), na chamada Máfia de Anajatuba.
A requisição de diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial foram solicitadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), após os promotores de Justiça Gladston Fernandes de Araújo, Marco Aurélio Cordeiro Rodrigues e Marcos Valentim Pinheiro Paixão descobrirem que, na teia da organização criminosa (Orcrim) que saqueou os cofres do município, há ainda diversos empresários, prefeitos, ex-prefeitos, deputados estaduais e até deputados federais desviando recursos públicos por meio de fraudes em processos licitatórios, lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito.
O Gaeco acredita que a quadrilha saqueia os cofres públicos municipais desde o ano de 2005, e pode ter roubado a verba, principalmente da educação, infraestrutura e saúde, de quase 70 prefeituras em todas as regiões do Maranhão.
Uma dessas prefeituras, que também segue como investigada, é a do município de Caxias, onde o presidente da AL-MA ainda mantém feudo eleitoral e controla a prefeitura desde 2004, quando foi eleito prefeito da cidade.
Os procuradores apuram se houve desvio de recursos públicos entre os anos de 2005 e 2015, durante a gestão de Humberto e de seu sobrinho, Léo Coutinho (PSB), por meio das empresas de fachada A4 Produções e Eventos, Vieira e Bezerra Ltda – EPP (atual F. C. B. Produções e Eventos), Construtora Construir Ltda-ME e M. A. Silva Ribeiro-EPP (antiga M.R. Comércio e Serviço). Todas, segundo o Gaeco, pertencem ao ex-presidente da AL-MA, Carlos Salim Braide, em sociedade oculta com os empresários Fernando Júnior e Fabiano Bezerra.
O ATUAL7 tentou contato com Humberto Coutinho, desde a última sexta-feira 28, por meio do diretor de Comunicação Social da Assembleia Legislativa, Carlos Alberto Ferreira, que ficou de enviar nota de esclarecimento, mas até a publicação desta reportagem não houve retorno.
Deixe um comentário