Renan defende cancelamento de recesso para votar propostas como fim da reeleição
Política

Renan defende cancelamento de recesso para votar propostas como fim da reeleição

PEC que será votada pelo Senado voltará para a Câmara após modificações. Proposta é acabar com a reeleição para presidente, governadores e prefeitos já em 2018

O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou nota oficial, nessa sexta-feira 25, em que defende o cancelamento do recesso parlamentar para que o Congresso finalize uma série de projetos que ainda precisam ser votados pelos parlamentares. Dentre eles, está a polêmica Proposta de Emenda à Constituição 113A/2015, conhecida como PEC do fim da reeleição.

¦¦ Leia a nota de Renan Calheiros ¦¦

O documento propõe a convocação do Congresso Nacional durante o mês de janeiro de 2017. A ideia é mobilizar os senadores e deputados federais para que sejam aceleradas as votações de reformas consideradas relevantes para o ajuste fiscal.

Apesar do parecer do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), relator da PEC, livrar os governadores e prefeitos que desejam concorrer à reeleição no próximo pleito, a proposta deve sofrer modificações ao ser colocada em votação no Plenário, quando será incluída a vedação da reeleição para todos os cargos do chefe do Poder Executivo, já a partir de 2018. Por isso a preocupação e pressa de Renan, ao defender que o Congresso cancele o recesso parlamentar para votar e promulgar a proposta o quanto antes.

“Se necessário, o recesso parlamentar de fim de ano será cancelado para viabilizar essa agenda de desenvolvimento no país que integre os três poderes da República. A Câmara dos Deputados, presidida pelo deputado Rodrigo Maia, consciente da gravidade do momento, tem diante de si essa mesma oportunidade e pode adotar votações expressas”, diz trecho da nota emitida pelo presidente do Senado.

Além da PEC do fim da reeleição, o presidente do Senado quer que sejam votados outros projetos que ele cita como prioritários. São eles: PEC do limite de gastos; lei de abuso de autoridades; proibição de se alterar contratos por Medidas Provisórias; modernização do Código Tributário; lei de licitações; terceirização da mão de obra; regulamentação dos jogos de azar; novo marco das Telecomunicações; desvinculação dos vencimentos dos tribunais superiores; combate à burocracia; fim dos supersalários; e a securitização e alongamento das dívidas estaduais.

Maranhão

Apesar do Palácio dos Leões se desdobrar para não vazar que está em crise, o iminente fim da reeleição atinge diretamente o governador Flávio Dino (PCdoB). Com quase dois anos completos de governo, o comunista não trabalhou para fazer um sucessor competitivo, passou a ser ojerizado pela classe política e perdeu a confiança da população, devido uma série de incoerências que vem marcando o seu governo. Por isso, ele corre o sério risco de perder o comando do Estado.

Dentre os principais adversários do governador para 2018 está a ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB).

Nas últimas semanas, internautas utilizaram as redes sociais para pedir a volta da peemedebista ao Palácio dos Leões, ameaçando a hegemonia de Flávio Dino e de toda a hoste comunista.

Apesar de Roseana manter-se em silêncio quanto ao seu possível retorno, o arquivamento do único inquérito que a investigava no Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da Lava Jato, fortaleceu a entrada da ex-governadora na disputa.



Comentários 1

  1. Carlos

    Flavio Dino esta muito bem melhor governador da historia do Maranhao e quanto a historia de Rossengana voltar eu vir msis critica a ela do que elogios.

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