O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), estão fora da segunda lista encaminhada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF). O calhamaço foi apresentado pelo chefe da PGR, nessa terça-feira 14, e será apreciada pelo ministro relator da Lava Jato, Eduardo Fachin, até a próxima semana.
A relação traz ministros do governo de Michel Temer, ex-presidentes, senadores e deputados, além de governadores, ex-governadores e outros políticos e pessoas sem foro no Supremo, que devem ter seus casos desmembrados para instâncias inferiores.
Havia a expectativa, tanto do lado da situação quanto da oposição maranhense, de que pelo menos um dos agentes públicos estaria com seu nome arrolado na “lista do fim do mundo”, como ficou conhecida as informações coletadas por Janot a partir de confissões de 77 executivos e ex-executivos da empresa Odebrecht, que resolveram falar o que sabem do que seria um dos maiores esquemas de corrupção do mundo. Algumas autoridade apostavam e torciam, inclusive, no arrolamento tanto do comunista quanto da peemedebista.
A informação de que Flávio Dino teria sido alvo de delação premiada foi dada pelo colunista Guilherme Amado, que assina artigos no blog do jornalista Lauro Jardim, de O Globo. De acordo com ele, o governador teria recebido dinheiro por fora da empresa — o famoso caixa 2, na campanha de 2010.
O comunista sempre negou que tenha recebido qualquer recurso ilegal da Odebrecht e diz ter feito uma campanha com “escassos recursos”.
Já Roseana Sarney teve a suposta inclusão de seu nome ventilada pelo próprio Palácio dos Leões. Ela ainda chegou a ter o seu nome incluído por Janot na primeira levada, mas acabou tendo o seu pedido de abertura de inquérito arquivado pelo STF.
Aliviada com a escapada, ela afirmou ter se sentido “muitas vezes agredida e julgada”, mas que sempre manteve a “fé em Deus”.
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