A poucas horas da sessão em Brasília que vai analisar a denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro com base na delação do grupo JBS, a bancada federal do Maranhão segue dividida sobre como votar.
Segundo dados atualizados do jornal O Globo, dos 18 deputados federais maranhenses, sete se declaram publicamente favoráveis à aceitação da denúncia e ao afastamento do presidente, cinco assumem posição contrária, dois seguem indecisos e quatro evitaram responder.
A votação do parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Casa sobre a denúncia ocorre nesta quarta-feira 2, um dia após o retorno dos trabalhos do Legislativo. O parecer recomenda o veto à denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o que, na prática, impede que Temer se torne alvo de uma ação penal pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que definiu o rito da votação da admissibilidade da denúncia, a estimativa é de que a votação tenha início às 14 horas e se encerre às 19 horas. Cada deputado terá direito a até 15 segundos para o uso da palavra no momento de pronunciar seu voto. É necessário o quorum de 342 deputados para que a votação seja iniciada.
Em declarações à imprensa até aqui, os sete parlamentares maranhenses que disseram que votarão contra o parecer da CCJ, permitindo o prosseguimento da denúncia, são: Aluísio Mendes (PODE); Deoclides Macedo (PDT); Eliziane Gama (PPS); Luana Costa (PSB); Rubens Pereira Júnior (PCdoB); Weverton Rocha (PDT); e Zé Carlos (PT).
Outros cinco deputados federais maranhenses informaram à imprensa que darão aval ao parecer da CCJ, votando pela rejeição da denúncia: Alberto Filho (PMDB); Cléber Verde (PRB); Hildo Rocha (PMDB); Júnior Marreca (PEN); e Juscelino Filho (DEM).
Já a dupla maranhense do PP na Câmara, André Fufuca e Waldir Maranhão, ainda não decidiu como votará; e o restante dos deputados — João Marcelo Souza (PMDB); José Reinaldo Tavares (PSB); Pedro Fernandes (PTB); e Victor Mendes (PSD) — evitou o assunto publicamente ao longo de praticamente cinco semanas, desde a apresentação da denúncia pela PGR, na esteira de revelações de executivos da JBS.
Se até o início da votação houver mudanças de posicionamento ou apresentação pública de voto dos indecisos e fujões, esta publicação será atualizada.
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