Esquecida pelos institutos e eleitores em pesquisas de intenção de votos para o Senado, ao ponto de já ter de subir em palanque do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) para tentar ser notada, a deputada federal Eliziane Gama (PPS) pode ganhar sobrevida política por meio de uma unção forçada a vice de Flávio Dino (PCdoB) na disputa pelo Palácio dos Leões em 2018.
No início desta semana, foi aprovada na Comissão da Reforma Política da Câmara dos Deputados, no texto-base do relator Vicente Cândido (PT-SP), emenda sugerida pela própria Gama e apresentada pelo líder do PPS na Casa, deputado federal Arnaldo Jordy (PA), que assegura uma especie de ‘cota’ para mulheres na composição de chapas de candidatos a presidente da República, de governador e de prefeito.
Pelo dispositivo, a mulher poderá concorrer tanto na cabeça da chapa quanto ao cargo de vice, já que o texto diz que “será assegurada a participação de ambos os gêneros” na composição eleitoral.
O relatório está ponto para ser votado.
Se aprovado, segue para apreciação do Senado Federal, e precisa ter o aval do Congresso até o início de outubro próximo, para já valer nas eleições do próximo ano.
Apesar do apagado desempenho para o Senado, Eliziane jura que a proposta não foi feita pensamento em benefício próprio. “Neste caso não, porque não tô me colocando pra vice. Nosso projeto é pro Senado”, garante, mas sem descartar a possibilidade de, valendo a ‘cota’ para 2018, entrar na disputa como vice Dino: “essa decisão vou tomar junto com o partido”.
Conforme divulgada pela própria, a parlamentar fez juramentos recentes à cúpula da Assembleia de Deus, onde congrega com a família, de que não tentará a reeleição para a Câmara e nem o retorno para a Legislativo do Maranhão. Pelo juramento, para contar com o coronelismo gospel da igreja, ela só poderá disputa o Senado ou o Executivo.
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