O ex-secretário estadual de Comunicação e Articulação Política, Márcio Jerry Barroso, pode ser alvo de novos procedimentos investigatórios pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) do Maranhão por utilizar a estrutura do governo Flávio Dino, do PCdoB, em benefício próprio. Mesmo desincompatibilizado do cargo, ele permanece operando diretamente como membro do Palácio dos Leões, o que viola gravemente a legislação eleitoral por comprometer o equilíbrio do pleito.
Em vídeo postado nas redes sociais na semana passada, pelo próprio Márcio Jerry, por exemplo, ele aparece acompanhado do ex-prefeito de Raposa, José Laci, do presidente da Câmara de Vereadores do município, Beka Rodrigues, e da secretária municipal de Educação, Zélia Mendonça, falando e se portando como um representante oficial do governo comunista, ao ponto até de garantir a construção de uma escola no povoado Canto, localizado na Ilha de Curupu — conhecida como um dos símbolos do poderio econômico da família Sarney.
Até mesmo uma criança, como mostra a foto em destaque, que segundo o Portal Vermelho, ligado ao PCdoB, teria cinco anos e seria estudante da unidade escolar, foi usada por Jerry na infração.
Para encobrir a delinquência, ele alega na gravação que a visita ao local foi feita a convite de Beka Rodrigues.
A mesma malandragem já havia sido utilizada várias vezes no mês passado, em visitas a outras localidades, sempre em dias de atos oficiais do governo Dino. Numa clara sensação de impunidade, tudo está registrado no próprio Vermelho.
Foi assim no aniversário de 122 anos de Codó; na agenda de acompanhamento a obras do governo comunista em Barra do Corda; na discussão sobre impulsionamento de ações do governo em Presidente Dutra; na capitação de demandas de moradores do Anil, em São Luís; no aniversário de 127 anos de emancipação política de Colinas, onde tenta criar feudo político; e na participação de atividades do programa Mais Saúde no bairro do João de Deus, também na capital.
O uso da máquina pública e desvirtuamento e abuso de poder político em troca de apoio eleitoral e para angariar votos, ainda que não pedidos expressamente, têm como punição mais comum a aplicação de multa, mas pode também culminar na cassação do registro da candidatura, mandato ou diploma de quem comete o ilícito, além de inelegibilidade por oito anos.
Deixe um comentário