Julgamento de inquérito da PF que investiga Braide será por videoconferência
Política

Julgamento de inquérito da PF que investiga Braide será por videoconferência

Segunda Seção do TRF-1 vai decidir se investigação deve tramitar no STF ou TJ do Maranhão

A Segunda Seção do TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região vai decidir, na próxima quarta-feira 9, se manda para o STF (Supremo Tribunal Federal) ou Seção Judiciária Federal do Estado do Maranhão o inquérito policial que investiga a suspeita de envolvimento do deputado federal Eduardo Braide (Podemos), prefeito eleito de São Luís, em suposta prática de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro.

A discussão é sobre em qual instância a investigação deve tramitar, por causa do foro privilegiado do parlamentar. À época da instauração do inquérito pela Polícia Federal, em setembro de 2016, Braide era deputado estadual.

Conforme revelou o ATUAL7, o julgamento foi incluído na pauta desde o último dia 25, antes da votação do segundo turno das eleições municipais de 2020. Fechada ao público, a sessão será realizada por videoconferência, em ambiente Microsoft Teams. O relator é o desembargador federal Olindo Menezes.

Pela PRR (Procuradoria-Regional da República) da 1ª Região, atua no caso o procurador Ronaldo Meira Albo. A defesa de Eduardo Braide é constituída pela Cavalcante de Alencar Advogados Associados.

Apesar de negar que seja investigado, conforme mostrou o ATUAL7 ponto a ponto, Eduardo Braide outorgou poderes ao escritório de advogados desde setembro do ano passado. Procurado pelo ATUAL7 por diversas vezes, por meio de sua assessoria, ele não retornou o contato.

A apuração que resultou no procedimento investigatório foi iniciada em fevereiro de 2014, a partir de notícia crime aberta com base em movimentações financeiras atípicas envolvendo Braide e quatro empresas, também alvos do inquérito: Vieira e Bezerra Ltda - ME, A.J.F Júnior Batista Vieira - ME, Escutec - Pesquisas de Mercado e de Opinião Pública Ltda e A4 Serviços e Entretenimento Ltda.

A investigação tem relação com fatos apurados pela Polícia Federal e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público do Maranhão, na operação que desbaratou a chamada Máfia de Anajatuba.



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