Pacovan completa uma semana preso em Pedrinhas, sem visitas
Política

Pacovan completa uma semana preso em Pedrinhas, sem visitas

Agiota foi alvo da Operação Ágio Final, da PF, que investiga tentativa de extorsão ao prefeito Eudes Sampaio, de São José de Ribamar

Nesta quinta-feira 10, o empresário do mercado financeiro Josival Cavalcante da Silva, o Pacovan, apontado pelas autoridades policiais estaduais e federais como um dos maiores agiotas do Maranhão, completa uma semana atrás das grandes no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís.

Desde o último dia 3, quando foi preso preventivamente pela Polícia Federal no bojo da Operação Ágio Final, Pacovan não recebeu visitas nem mesmo de advogados —como era esperado para alguém que há quase uma década vem se profissionalizando no papel de investigado e preso por agiotagem e extorsão, e que em eventual delação poderia derrubar integrantes de todos os Poderes.

Até o momento, também foi foi impetrado nenhum habeas corpus no TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região, com pedido de sua soltura.

Segundo a PF, Pacovan é suspeito de tentar extorquir o prefeito de São José de Ribamar, Eudes Sampaio (PTB), parte de recursos públicos federais destinados ao município, sob pretexto de ter influído na destinação das verbas. As tentativas de extorsões eram realizadas de forma ostensiva, com episódios de invasão a residência do gestor e intermediação com terceiros, de modo a conferir maior pressão para o pagamento dos valores exigidos.

Esta a quinta passagem de Pacovan por Pedrinhas, onde já conhecia pavilhões da unidade prisional São Luís 4. O primeiro registro é de novembro 2015, dois de 2016 (fevereiro e julho) e outro de maio de 2017. Neste de há três anos, para ser solto, ele foi colocado sob monitoramento eletrônico.

Atualmente, está recolhido na Cela 03, no pavilhão Bloco A, do Centro de Triagem.

Não há registro de que Pacovan tenha sido encaminhado para Pedrinhas quando foi preso pela primeira vez pela Polícia Federal, durante a Operação Usura, deflagrada em maio de 2011, contra desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Na segunda vez em que foi alvo da PF, em setembro de 2013, na Operação Usura II, também por suspeita de agiotagem e ladroagem de dinheiro da merenda escolar, medicamentos e do aluguel de máquinas e carros nos municípios maranhenses, contra ele foram expedidos apenas mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva.



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