Deflagrada em dezembro do ano passado, a operação da Polícia Federal que apura suposto desvio de emendas parlamentares pelo deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL), além da residência e do escritório do parlamentar em São Luís, mirou também endereços em Centro do Guilherme, Maranhãozinho e Zé Doca, seus principais redutos eleitorais no interior do estado. Ao todo, foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão.
Os três municípios são comandados por aliados de Josimar, que nega ter afanado recursos públicos, sendo Zé Doca por sua irmã, Josinha Cunha (PL), que ele tenta fazer tesoureira e encarregada de direcionar os quase R$ 500 mil que a Famem arrecada por mês.
Segundo as investigações, após destinar o montante de R$ 15 milhões em emendas à saúde no Maranhão, Josimar teria desviado os recursos públicos por meio de contratos fictícios com empresas de fachada que seriam operadas por ele, mas no papel administradas por laranjas.
O dinheiro teria sido desviado, ainda de acordo com a PF, por meio de saques em espécie, e entregues ao próprio Josimar Maranhãozinho, em São Luís.
Segundo fontes do ATUAL7 com acesso aos autos da Operação Descalabro, há uma gravação do próprio Josimar Maranhãozinho entregando dinheiro a um lobista, já alvo de outras investigações da Polícia Federal.
Nos endereços onde foram cumpridos os mandados de busca e apreensão, somando o encontrado na capital e no interior do estado, os agentes federais apreenderam R$ 3,9 milhões.
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