A ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney (MDB), anunciou na última sexta-feira (11) que vai disputar uma vaga na Câmara dos Deputados nas eleições de 2022, encerrando as especulações de que tentaria retornar ao governo do Estado.
“Hoje, depois de ter sido governadora por quatro mandatos, eu me sinto muito experiente e com vontade de ajudar mais ainda o Brasil, e em especial o Maranhão“, declarou em vídeo publicado nas redes sociais.
Será a segunda vez que Roseana tentará mandato de deputada federal, cargo no qual entrou para a vida pública. Na primeira vez, foi eleita pelo extinto PFL, e exerceu o mandato entre 1991 e 1994.
O pleito de outubro próximo será a oitavo disputado pela filha do ex-presidente José Sarney (MDB-MA), que tem 68 anos e é graduada em Ciências Sociais pela UnB (Universidade de Brasília).
Além da Câmara, também disputou cinco vezes o Palácio dos Leões, tendo sido vitoriosa nas urnas em três oportunidades. Nas duas primeiras, foi eleita e reeleita, e comandou o Executivo entre 1995-1998 e 1999-2002, sendo a primeira mulher no país a conquistar esses feitos.
Apeada da corrida pela Presidência da República em 2002 pela operação da Polícia Federal na empresa Lunus Serviços e Participações, da qual era sócia com o marido, Jorge Francisco Murad Júnior, concorreu ao Senado e conseguiu se eleger apesar do escândalo. Exerceu o mandato de senadora da República entre 2003 e 2009, quando voltou ao Palácio dos Leões.
O retorno ao Executivo maranhense ocorreu após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidir pela cassação dos mandatos de Jackson Lago e do vice Luis Porto por abuso de poder político nas eleições de 2006 –quando Roseana Sarney foi derrotada nas urnas pela primeira vez.
Novamente de posse das chaves dos cofres públicos do Estado, foi reeleita governadora em 2010, e exerceu o mandato entre 2011 e 2014, quando deixou a vida pública.
Dez anos depois, em 2018, tentou retornar ao Palácio dos Leões, mas sofreu a segunda derrota eleitoral, desta vez para Flávio Dino (PSB), atual mandatário.
A musa do impeachment agora já não é tão musa.
A musa virou vovó.
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