O deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA) declarou à Justiça Eleitoral patrimônio de exatos R$ 310.867,35. Do montante, consta como maior bem um “veículo automotor terrestre“ de R$ 200 mil.
Os documentos entregues pelo comunista ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no registro da candidatura à reeleição não informam qual veículo é esse, se automóvel ou moto, por exemplo, nem marca, modelo ou ano de fabricação.
O patrimônio declarado de Jerry inclui ainda caderneta de poupança e depósito bancário em conta corrente no país, respectivamente, nos valores de R$ 80.283,29 e R$ 26.584,06. Há também outro veículo automotor terrestre, de R$ 4 mil.
Ao ATUAL7, o deputado federal negou ostentação ao comentar que um apartamento indicado ao TSE para recebimento de correspondências, localizado no condomínio de luxo Maison Monet, na Ponta do Farol, em São Luís, um dos metros quadrados mais caros do estado, é alugado –o que justificaria não constar na declaração de bens.
Os dados de detalhamento dos bens dos candidatos constam no pedido de registro de candidatura divulgados a qualquer cidadão no site Divulgacand, da Justiça Eleitoral.
Nas eleições de 2022, porém, o TSE decidiu restringir a divulgação de informações, sob alegação de atendimento à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). A medida contrária à transparência eleitoral também ocultou dados relativos às eleições anteriores.
Agora, apenas dados genéricos sobre o patrimônio ficam disponíveis no Divulgacand, o que impede ao cidadão saber modelos de veículos e localização de imóveis, por exemplo.
É a terceira vez que Jerry enfrenta as urnas. Na primeira, em 2006, quando tentou, sem sucesso, uma cadeira na Assembleia Legislativa do Maranhão, declarou patrimônio de apenas R$ 15 mil. À época, era filiado ao PT.
Doze anos depois, nas eleições de 2018, já no PCdoB, foi eleito deputado federal, com patrimônio declarado de exatos R$ 156.625,37 em bens.
No período entre a primeira disputa eleitoral e a atual, Márcio Jerry ocupou o cargo de assessor parlamentar no gabinete de Flávio Dino, então deputado federal, na Câmara, e de Rubens Pereira Júnior, à época deputado estadual, na Assembleia Legislativa maranhense.
Foi ainda secretário municipal de Comunicação em São Luís, durante a primeira gestão de Edivaldo Holanda Júnior. Também comandou a pasta de Comunicação e Assuntos Políticos, além de Cidades e Desenvolvimento Urbano, no segundo governo de Dino à frente do Palácio dos Leões.
Deixe um comentário