Ministério Público tenta bloquear R$ 1 milhão de Léo Costa, ex-prefeito de Barreirinhas

Varredura nas contas bancárias encontrou, até o momento, apenas R$ 302,29. Investigação aponta fraude e desvio de finalidade de dinheiro destinado para construção de um aterro sanitário no município

O Ministério Público do Maranhão tenta bloquear R$ 1 milhão das contas bancárias do ex-prefeito de Barreirinhas, Arieldes Macário da Costa, o Léo Costa, em ação de improbidade por possíveis fraude e desvio de finalidade de recursos destinados para a construção de um aterro sanitário no município.

O pedido foi aceito liminarmente pela Justiça desde dezembro de 2019, mas até o momento foi encontrado apenas R$ 302,29 em uma das contas bancárias do ex-gestor.

Uma nova varredura foi solicitada pelo MP-MA à Vara de Barreirinhas nessa segunda-feira (31), após o ATUAL7 procurar o órgão a respeito do andamento do processo. Também serão expedidas notificações ao Detran (Departamento Estadual de Trânsito) do Maranhão e aos cartórios de registros de imóveis, para que informem a existência de bens registrados em nome do ex-prefeito, e efetuem o bloqueio de imediato.

Será expedido ainda novo mandado de notificação para que Léo Costa ofereça manifestação sobre o caso, no prazo de até 15 dias. Na vez anterior, a Justiça não encontrou o ex-prefeito no imóvel em que foi procurado na cidade, localizado na Rua da Alegria, Bairro Cebola. A informação de vizinhos prestada à oficial de Justiça é de que ele não residiria mais no local, com paradeiro desconhecido.

Segundo inquérito conduzido pelo promotor Francisco de Assis Silva Filho, Léo Costa teria utilizado parte do dinheiro destinado para a execução do plano municipal de gestão de resíduos sólidos de Barreirinhas na aquisição de um rolo compressor, inviabilizando a conclusão da obra pela empresa Hidraele Projetos e Serviços.

A compra da máquina, ainda segundo Filho, foi feita de forma direta, com dispensa de licitação, contrariando a lei de contratações públicas.

O ATUAL7 buscou posicionamento do ex-prefeito sobre o assunto, em mensagem privada numa rede social, único meio de contato encontrado. Até o momento, porém, não houve retorno.

Se condenado por prática de improbidade administrativa, além de ressarcimento aos cofres públicos em R$ 1 milhão, conforme pedido feito pelo Ministério Público, Léo Costa pode ter os direitos políticos suspensos pelo prazo de cinco a oito anos.


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