A briga política entre a prefeita de Vitória do Mearim, Dídima Coêlho (PMDB), e a vice-prefeita do município, Elzir Lindoso (PSC), acabou trazendo a público o cometimento de diversos crimes da dupla contra o erário, e pode terminar na cassação do mandato de ambas ou até mesmo em cadeia.
Em nota publicada no perfil oficial da prefeitura na rede social Facebook, replicada em diversos blogs do Maranhão, Dídima tenta se defender de supostas críticas feitas pela vice, com quem está rompida e pôs para fora do comando da Secretaria Municipal de Ação Social. Contudo, em vez de defender-se, a prefeita acabou confessando que ambas, com o auxílio de seus maridos, praticamente tomaram de assalto os cofres públicos do município. O ATUAL7 entrou em contato com a prefeitura a respeito das revelações, e aguarda retorno.
Segundo Dídima Coêlho, em acerto com seu marido, Almir Coêlho, ela empregou diversos cargos em comissão na prefeitura por indicação de Elzir e do esposo desta, Pastor Pedro. Mais: além dos empregos, contratos também foram firmados pela prefeitura, na região do Coque, com indicados pela vice e pelo Pastor Pedro.
“Quais compromissos não foram cumpridos pela prefeita Dídima Coêlho e seu marido, já que os cargos em comissão e os contratos da região de Coque, foram, todos, preenchidos por indicação da vice prefeita Elzir e seu esposo o Pastor Pedro?”, indagou a prefeita, entregando a irregularidade.
Na tentativa de virar o jogo, Dídima Coêlho revelou ainda que o filho de Elzir Lindoso foi nomeado como Coordenador de Saúde Bucal, onde permaneceu mesmo não cumprindo com a obrigação funcional. Sem informar se levou o caso ao Ministério Público, a prefeita também afirma que o filho de Elzir entregou a sinecura, mas solicitou continuar a receber os mesmos vencimentos mesmo fora do cargo.
“Quais compromissos assumidos não foram cumpridos, se Elzir foi nomeada Secretária de Ação Social, o filho nomeado Coordenador de Saúde Bucal, para não coordenar absolutamente nada, e este, depois que pediu para sair do cargo, encaminhou para a Prefeita Dídima, via ZAP, proposta para que fosse depositado em sua conta, todos os meses, o salário que recebia, sem mais exercer qualquer atividade?”, questionou, entregando outro crime contra o erário, inclusive de prevaricação.
Ainda em meio a questionamentos para se defender das críticas de sua vice, Dídima Coêlho seguiu entregando o cometimento de crimes. Segundo ela, também por indicação da vice e de seu marido, a prefeitura de Vitória do Mearim pendurou no município irmãos e sobrinhos de Elzir Lindoso.
“Quais compromissos assumidos não foram cumpridos, se Elzir e o Pastor Pedro indicaram e a Prefeita contratou irmãos e sobrinhos da Vice-Prefeita por indicação desta”, pergunta, em nova revelação.
Até mesmo “viagens internacionais”, “carrões” e um contrato com uma escola pertencente à vice-prefeita existe no acordo entre Dídima e Elzir, revelado somente agora, após a briga política das duas.
Cabe ao Ministério Público do Maranhão, se já não estiver instaurado, abrir um procedimento para apurar o caso.