Lahesio Rodrigues
Seccor faz busca e apreensão contra Lahesio Rodrigues, desafeto de Flávio Dino
Política

Ação foi cumprida na sede da Prefeitura de São Pedro dos Crentes. Prefeito se diz perseguido e que houve forjamento de provas contra ele

A Seccor (Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção) cumpriu, na manhã desta terça-feira 21, mandado de busca e apreensão na sede da Prefeitura de São Pedro dos Crentes. O município é comandado pelo prefeito Lahesio Rodrigues (PSDB), alvo da investigação e desafeto do governador Flávio Dino (PCdoB).

Segundo o superintendente da Seccor, Roberto Fortes, as investigações estão em segredo de Justiça. Sob esta alegação, pedidos de informação pública como o nome do desembargador do Tribunal de Justiça que autorizou a ação policial e quais objetos e equipamentos foram apreendidos pelos agentes foram negados ao ATUAL7 pelo delegado.

Do pouco informado pela assessoria de imprensa da Polícia Civil, sabe-se que a ação teve como objetivo a obtenção de documentos para subsidiar inquérito que apura suspeitas de fraude em licitação referente ao fornecimento de combustíveis no ano de 2018, e desvio de verba pública.

A Polícia Civil diz ainda que a investigação apura a proximidade entre Lahesio Rodrigues e a empresa vencedora do certame sob investigação. Há suspeitas de que ela não funcionava quando o contrato foi assinado, e indícios de disparidades em documentos fiscais.

O contrato investigado tem o valor de R$ 425.954,25.

O inquérito-combo investiga também a suspeita de funcionários fantasmas na gestão municipal e o suposto armazenamento irregular de combustíveis na garagem da prefeitura.

Ao ATUAL7, Lahesio Rodrigues classificou a ação da Seccor com um ato de perseguição política, e disse que houve o forjamento de provas contra ele.

“Nós já estávamos esperando isso há uma semana. O governador [Flavio Dino] tem um assessor aqui na cidade, e este já andava espalhando em todos os cantos que iriam dar uma [decisão de] busca e apreensão contra mim”, declarou.

“Mas minha defesa é muito simples: induziram o Tribunal ao erro. Pegaram notas fiscais de duas empresas, e apresentaram como sendo de apenas uma. Forjaram provas contra mim, para justificar a busca e apreensão”, concluiu.